Capital

Ação de guardas foi legítima, "mas dosimetria se perdeu", diz Rocha

Presidente da Câmara, João Rocha, diz que manifestação também foi legítima e está à disposição

Silvia Frias e Fernanda Palheta | 19/11/2019 10:04
Passageiros revoltados com atraso do ônibus no Terminal Morenão (Foto/Arquivo: Marcos Maluf)
Passageiros revoltados com atraso do ônibus no Terminal Morenão (Foto/Arquivo: Marcos Maluf)

O presidente da Câmara de Vereadores, João Rocha, considerou legítima a manifestação dos passageiros no Terminal Morenão, assim como uso da força policial, mas avaliou que a “dosimetria se perdeu; igual remédio, em excesso vira veneno”.

A manifestação aconteceu na sexta-feira (15) depois do atraso de mais de uma hora do ônibus da linha 072 (Nova Bahia/Morenão). Os passageiros bloquearam a passagem dos veículos no terminal e foram dispersados por três guardas municipais que utilizaram spray de pimenta e apontaram armas não letais, de cano longo, calibre 12, munidas de bala de borracha.

João Rocha disse entender que a sequência de acontecimentos faz parte de “conjunto de coisas que levaram a esse problema”, sendo decorrente da “falta de entendimento, de comunicação e planejamento”.

João Rocha disse que está "à disposição" para ouvir reivindicações de usuários (Foto/Arquivo)

O vereador deu como exemplo o domingo em que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é realizado, em que a demanda pelo transporte coletivo aumenta, sendo fora da média de um fim de semana de folga regular.

Rocha disse que ficou sabendo de que hoje manifestantes iriam à Câmara para falar sobre o ocorrido e disse “estar à disposição” para ouvir as reivindicações. Porém, até a publicação desta reportagem, nenhum protesto foi realizado.

O vereador lembrou que as sanções já foram determinadas, como abertura do procedimento administrativo e suspensão dos três guardas municipais do trabalho de rua, além de notificação do Consórcio Guaicurus. “A ideia é buscar para que não se repita”.

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