Capital

ABCG espera para fevereiro resposta sobre fiscalização na Santa Casa

Aline dos Santos | 27/01/2012 14:10

A ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), dona da Santa Casa, espera para fevereiro uma nova decisão sobre o cumprimento da sentença que determinou a interdição judicial no hospital, que desde 2005 está sob administração do poder público.

Na última quarta-feira, a diretoria da Santa Casa se reuniu com o juiz da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Amaury da Silva Kuklinski. A ABCG cobra que seja cumprida a sentença judicial onde foram estipuladas medidas administrativas para a junta interventora da Santa Casa.

O presidente da ABCG, Wilson Teslenco, questionou a dívida do hospital. Uma das medidas que deveriam ser cumpridas seria zerar o déficit do hospital. De acordo com Teslenco, hoje a dívida chega aos R$ 120 milhões e a junta interventora realizou empréstimo no valor de R$ 14 milhões.

Também foi questionada a redução no número de funcionários. Conforme a ABCG, antes da intervenção eram 2.259 funcionários e hoje são pouco mais de 900. Ainda de acordo com a ABCG, o magistrado comentou que não sabia da mudança feita na junta interventora, realizada no ano passado com o pedido de demissão do então presidente Jorge Martins.

A associação propôs ao magistrado a inclusão de membros da diretoria no hospital para realizar a fiscalização administrativa.

O prazo da intervenção termina em 2013. Em abril do ano passado, o magistrado alegou em despacho que a intervenção não alcançou os objetivos esperados, porém, não caberia ao judiciário realizar a fiscalização do hospital e sim ao TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Conforme a associação, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, Fernando Mauro Marinho, confirmou a responsabilidade do magistrado de fiscalizar e fazer cumprir as medidas administrativas.

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