Capital

Abatedouro clandestino "maquiava" ave para vender como frango caipira

Nadyenka Castro | 28/03/2013 12:45
Quando a Decon e a Iagro chegaram, havia no local 150 aves em fase final de abate e 21 congeladas. (Foto: Divulgação)
Quando a Decon e a Iagro chegaram, havia no local 150 aves em fase final de abate e 21 congeladas. (Foto: Divulgação)

Um abatedouro clandestino de aves que funcionava em um imóvel do Jardim Los Angeles, em Campo Grande, foi fechado nesta quarta-feira. No local, sem condições de higiene, havia 150 galinhas na fase final de abate e outras 21 congeladas. A empresa 'maquiava' as aves para vende-las como frango caipira. 

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal) recebeu a denúncia sobre o abatedouro e acionou a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Relação de Consumo). Policiais e técnicos foram ao local e constataram a irregularidade.

De acordo com a Decon, depois de abatidas, as aves eram ‘maquiadas’ com coloral para ficarem com aparência de frango caipira. Após a maquiagem, os animais eram congelados e separados em pacotes com três unidades.

Além das aves, também foram apreendidos as vísceras dos animais. Todos os produtos foram destruídos por serem impróprios para o consumo humano.

Quando a Polícia e a Iagro chegaram ao local, lá estavam o proprietário e dois empregados. Segundo o delegado Antonio Silvano Rodrigues Mota, da Decon, o dono do abatedouro disse que vendia as galinhas em residências, de porta em porta, a preço de mercado.

A Decon irá investigar se é verdadeira a declaração do proprietário e há quanto tempo o local funcionava. A informação inicial é de que estaria operando pelo menos desde dezembro do ano passado.

O delegado lembra que é permitido abater animais para consumo desde que em local próprio e com total condições de higiene. Conforme Silvano, a Iagro, a Decon e o MAPA (Ministério da Agricultura e do Abastecimento) fazem ações constantemente em todo o Estado para apurar denúncias de abatedouros clandestinos.

Nos siga no