Capital

“Ou eu matava ou eu morria”, alega réu por matar namorada a tesouradas

Roberson Batista da Silva, 33, conhecido como “Robinho”, contou detalhes sobre a briga que teve com Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, antes de matá-la

Anahi Zurutuza e Bruna Pasche | 01/11/2018 11:27
Robinho, acusado de matar a namorada a tesouradas, no Tribunal do Júri (Foto: Henrique Kawaminami)
Robinho, acusado de matar a namorada a tesouradas, no Tribunal do Júri (Foto: Henrique Kawaminami)

Diante do júri Roberson Batista da Silva, 33, conhecido como “Robinho”, contou detalhes sobre a briga que teve com Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, antes de mata-la a tesouradas. Na versão dele, a namorada o queria morto.

Robinho conta que ao deixar a prisão foi ver a mãe e uma filha, seguiu até o bairro Universitário, onde Mayara estava morando e os dois foram então para um churrasco na casa da mãe da jovem.

O réu disse ter a impressão que a namorada estava tentando embebedá-lo naquele dia. Já na residência do Universitário, o casal continuou bebendo, usou cocaína e fez sexo.

Os dois começaram a discutir, ainda na versão de Roberson, depois que Mayara excluiu uma conversa de Whatsapp.

Eles trocaram ofensas, Mayara disse que queria terminar o relacionamento e que não pararia de fazer programas. Robinho disse que a namorada tentou atacá-lo com a tesoura e ele revidou.

O réu diz acreditar que a jovem tinha planos para matá-lo porque ele havia descoberto que ela continuava se prostituindo e queria que ela parasse. “Ou eu matava ou eu morria”, afirmou ao júri.

Julgamento – Mayara foi morta com sete tesouradas na região do pescoço no dia 15 de setembro do ano passado, dia que Roberson deixou a cadeia.

Ele ficou foragido por 51 dias, se apresentou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) no dia 6 de novembro. O julgado por feminicídio com outras três qualificadores, motivo torpe, que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.

Nos siga no