Capital

Nova rodada de negociação deve decidir “futuro” da Santa Casa

Contrato com o município encerrou no início do mês e entidade poder 'parar" em 15 dias

Michel Faustino | 25/04/2015 16:03

O secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, declarou durante a semana que a solução para o fim do impasse com a Santa Casa de Campo Grande sairia ate esta sexta-feira (24), o que não aconteceu. Agora, uma nova rodada de negociação entre a prefeitura e o Governo do Estado prevista para acontece nesta segunda-feira (27) deve decidir o “futuro” da entidade que está na eminência de reduzir drasticamente o número de atendimentos

Segundo o diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, a prefeitura garantiu que “até esta semana tudo será resolvido”. Conforme Teslenco alega não ter condições de manter o repasse mensal de R$ 3 milhões, cujo contrato venceu no último dia 07.

“Estamos trabalhando sem esse recurso, sendo que já estávamos com um deficit de R$ 1 milhão. Agora, a gente aguenta só até a primeira semana de maio, depois disso não tem mais o que fazer”, lamentou.

Conforme Teslenco, a alegação da prefeitura é de que eles estariam tentando “rachar” em 50% o repasse com o Governo do Estado, tendo em vista que eles disponibilizariam somente R$ 1,5 milhão.

“Eles (prefeitura) estão tentado negociar com o Estado, e a Santa Casa é mera expectadora neste processo. Agora, nós não temos condições de manter o número de procedimentos com esse recurso que eles querem disponibilizar, o que até poderia ser feito era reduzir os atendimentos, e infelizmente está caminhando para isso”, ponderou.

Segundo ele, para que a Santa Casa continue atendendo pela rede pública é preciso pelo menos R$ 4 milhões por mês. A situação foi exposta ao município no fim do ano passado.

A administração pública passou a disponibilizar R$ 3 milhões e prometeu corrigir de vez o valor após a renovação do contrato, prevista para o início do mês. Entretanto, além de voltar atrás, o município disse que só pode repassar R$ 1,5 milhão.

Segundo ele, a expectativa é que a situação seja resolvida até o fim do mês, caso contrário, o hospital terá que prestar apenas os serviços que o R$ 1,5 milhão permitir, cabendo à cidade redirecionar o restante par a rede própria. “Não fechar contrato nenhum não é uma possibilidade”, afirma Teslenco.

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