Capital

No 2º dia de operação, 17 crianças são flagradas trabalhando em cemitérios

A ação, que conta também com o Conselho Tutelar, começou ontem e deve terminar nesta sexta-feira após o almoço

Viviane Oliveira e Danielle Valentim | 02/11/2018 10:31
Adolescente chegando no Cruzeiro com uma enxada na bicicleta (Foto: Danielle Valentim)
Adolescente chegando no Cruzeiro com uma enxada na bicicleta (Foto: Danielle Valentim)
Dez equipes da Polícia Municipal, espalhadas pelos cemitérios da cidade, fazem patrulhamento utilizando drones (Foto: Danielle Valentim)

Equipes do Ministério do Trabalho, com apoio da Polícia Municipal, flagraram no 2º dia da Operação Finados, 17 crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 17 anos, trabalhando nos dois maiores cemitérios de Campo Grande, o Santo Amaro e o São Sebastião - conhecido como Cruzeiro. Ontem não houve flagrantes no Santo Amaro, mas no Cruzeiro cinco crianças praticavam atividades irregulares. 

A ação, que conta também com o Conselho Tutelar, começou ontem e deve terminar nesta sexta-feira (2) após o almoço. No total, as equipes vão percorrer os dez cemitérios da Capital, sendo três públicos e sete privados.

Segundo a auditora fiscal do trabalho, Maristela Borges de Souza Saravi, as crianças flagradas trabalhando são retiradas do local. Ontem, o Campo Grande News encontrou no Cemitério do Cruzeiro crianças cobrando R$ 5,00 para limpar túmulos. A maioria delas vai até o local sozinha, sem um acompanhante adulto.

Além do Ministério do Trabalho, dez equipes da Polícia Municipal fazem patrulhamento utilizando drones - para alcançar uma maior extensão de área.

No ano passado, foram encontradas 42 crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, desenvolvendo atividades irregulares tanto no interior desses locais quanto no entorno.

O Estado ocupa a 11ª posição no ranking nacional do trabalho infantil. São aproximadamente 46 mil crianças e adolescentes submetidos ao trabalho precoce. 

Destes, cerca de 8 mil têm menos de 14 anos. Boa parte do trabalho infantil é causada pela falta de condições financeiras das famílias para se sustentarem e muitas delas não estudam. Casos de trabalho infantil podem ser denunciados pelo Disque 100. 

Imagens áreas de cemitério feitas por drone (Foto: Divulgação Polícia Municipal)
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