Capital

"Mercado saturado" em SP fez quadrilha vir a MS para furtar chineses

Luana Rodrigues e Filipe Prado | 22/10/2015 10:45
 Felipe Diego Espanhol, 22, um dos membros da quadrilha presos. (Foto: Fernando Antunes)
Felipe Diego Espanhol, 22, um dos membros da quadrilha presos. (Foto: Fernando Antunes)
Delegado titular da Derf(Delegacia de Repreensão a Roubos e Furtos), Luiz Alberto Ojeda. (Foto: Fernando Antunes)

A polícia apresentou, na manhã desta quinta-feira(22), dois homens suspeitos de assaltar duas famílias de chineses que moram em Campo Grande. O crime foi praticado há uma semana, e a princípio a polícia havia dito que os bandidos tinham levado R$ 48 mil em dinheiro, mas depois a investigação descobriu que o valor furtado era R$ 108 mil. O dinheiro estava guardado em um guarda-roupa e uma cômoda dos apartamentos das vítimas.

Conforme o delegado titular da Derf (Delegacia de Repreensão a Roubos e Furtos), Luiz Alberto Ojeda, os autores foram presos, mas três comparsas ainda não foram identificados. Felipe Diego Espanhol, 22, e Lucas Fidelis de Paula, 22, estavam em um ônibus interestadual e acabaram detidos em Avaré, no estado de São Paulo, com o dinheiro e pertences das vítimas.

Felipe e Lucas vieram de carro, juntamente com os comparsas. Na quinta-feira(18) eles fizeram o roubo e na sexta mesmo decidiram retornar a Capital paulista, no entanto, três foram de carro e os dos presos de ônibus. Em uma abordagem da PRE(Polícia Rodoviária Estadual) de São Paulo, policiais encontraram o dinheiro e as joias. Questionados sobre a origem, eles não souberam explicar, mas depois acabaram confessando o crime.

Foram os objetos, aliança e uma medalha com a imagem de entidades chinesas, que fizeram com que os policiais identificassem a dupla como autores dos roubos aqui na Capital. "Essa prática é comum em São Paulo, mas como o 'mercado' por lá ficou muito saturado, eles partiram para outras cidades em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia", explicou o delegado.

De acordo com o delegado, a quadrilha agia há dois anos. Uma pessoa de descendência ou aparência chinesa os acompanhava, para facilitar a entrada dos bandidos nas residências das vítimas, se passando por um parente.

A identificação das vítimas era pela internet. Por meio de redes sociais e outros mecanismos que indicassem o endereço das famílias estrangeiras, que costumam guardar dinheiro em casa. "Em São Paulo é comum por conta dos imigrantes ilegais, que geralmente não denunciam os crimes quando são vítimas, o que não é o caso das famílias que moram aqui", disse.

Em Campo Grande, a quadrilha ainda teriam tentado furtar duas outras casas, mas foram impedidos pelos porteiros. A duple presa foi indiciada por furto qualificado e associação criminosa. Felipe foi trazido para o presídio de Campo Grande, já Lucas permanecerá preso em São Paulo, pois responde por outros crimes por lá. Os outros três comparsas estão sendo procurados pela polícia.

 

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