Capital

"Me chamou de viado", diz pivô da morte de manicure durante júri

Crime aconteceu três anos atrás, no dia 22 de março de 2015, por volta do meio-dia, na Rua Tesourinha, no Bairro Morada Verde

Viviane Oliveira e Bruna Pasche | 16/10/2018 11:55
Alisson durante julgamento que começou às 8h desta terça-feira (Foto: Henrique Kawaminani)
Alisson durante julgamento que começou às 8h desta terça-feira (Foto: Henrique Kawaminani)

Apontado como pivô do assassinato de uma manicure, Alisson Patrick Vieira da Rocha, 24 anos, é julgado desde a manhã desta terça-feira (16), no Tribunal do Júri, por matar a travesti Adriana Penosa, identificada como Thiago da Silva Martins, a tiros. O crime aconteceu três anos atrás, no dia 22 de março de 2015, por volta do meio-dia, na Rua Tesourinha, no Bairro Morada Verde, em Campo Grande.

Segundo o Ministério Público, Alisson foi até a casa da namorada, Gabriela Santos Antunes, e a encontrou na companhia de Adriana usando droga. O casal iniciou uma discussão, foi quando a travesti sugeriu a Gabriela que chamasse a polícia para que ela não fosse mais agredida por Alisson. Durante a confusão, Adriana chamou Alisson de viado, corno e disse que era mais homem do que ele. “Eu fiquei transtornado ao ver Gabriela usando droga. Ela (a travesti) ainda me fala isso”, argumentou.

O autor, então, saiu em um Palio, foi até seu lava-jato Bob Esponja, pegou uma arma e em companhia de um adolescente, voltou em uma motocicleta e disparou várias vezes contra a vítima. Adriana foi atingida por três tiros, sendo no peito, na barriga e nas costas. Ela ainda tentou fugir, mas caiu morta na varanda da casa da vizinha.

Na sequência, Alisson deixou o adolescente no lava-jato, pegou Gabriela e fugiu para Ribas do Rio Pardo e depois para Coxim. O acusado foi preso um ano depois, no dia 11 de março no Bairro Nova Bahia, logo depois que Gabriela matou a manicure Jennifer Nayara Guilhermete de Moraes, 22 anos, por ciúme do namorado.

Alisson assumiu o crime, mas afirma que estava transtornado por ter visto a mulher usando droga na companhia da travesti. O acusado está preso por outros crimes. Apontado como liderança da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), ele foi condenado a oito anos de prisão, sendo dois por receptação e seis por tráfico de drogas. O resultado do julgamento de hoje deve sair no fim da tarde.

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