Capital

"Maníaco da Internet" se passou até por mulher para conquistar vítimas

Alan Diógenes | 29/10/2015 17:29
Acusado foi preso com pertences da vítima em sua casa, no Jardim Morenão. (Foto: Marcos Ermínio)
Acusado foi preso com pertences da vítima em sua casa, no Jardim Morenão. (Foto: Marcos Ermínio)

O garçom João Carlos Ribeiro, 34 anos, preso acusado de estuprar pelo menos cinco mulheres, entre os dias 20 de julho e 29 de setembro deste ano, em vários bairros da Capital, chegou a conversar com as vítimas, através de bate-papo e redes sociais, antes de encontrá-las e consumar o ato. O "Maníaco da internet", como ficou conhecido, também se passou por mulher para atrair e ganhar confiança das vítimas.

Conforme a delegada Marília Brito Martins da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), João se passou por outras pessoas, mas na rede social Facebook utilizava a própria foto. “Quando ele abordava as vítimas, elas nem imaginavam que aquela pessoa era a mesma que elas tinham mantido contado antes pelas redes sociais”, explicou.

Segundo a delegada, no diálogo com as vítimas, o acusado sempre questionava em qual momento elas estariam sozinhas, planejando assim: a data, horário e local em que cometeria os crimes. “Ao chegar aos locais ele surpreendia as vítimas e invadia as residências, ameaçando-as com uma faca”, apontou.

O primeiro caso ocorreu no Jardim Aero Rancho. João praticou o estupro e depois andou pela casa da vítima em busca de objetos para roubar. O homem ainda praticou sexo com a mulher por pelo menos três vezes.

Os outros casos ocorreram no dia 16 de setembro, na Rua da Divisão, Bairro Parati, onde a vítima conseguiu escapar, antes que ele a estuprasse. Também nos dias 21 de agosto, no Bairro Guanandi, 18 de setembro, no Jardim Montevideu, e 29 de setembro, no Santa Luzia, sempre repetindo o “modus operandi”.

Em todos os casos o garçom usava roupas pretas, touca e uma mochila, onde carregava preservativos e a corda. Mas antes de sair de casa ele retirava a touca.

A delegada aguarda o resultado dos laudos periciais, para saber se o material génetico encontrado nas vítimas corresponde ao do autor. Após isso, o inquérito deve ser fechado daqui dez dias.

Caso – João utilizava as redes sociais para encontrar as mulheres, onde conseguia o nome, endereço, telefone e até outros dados pessoais, como identificação dos parentes e a quantidade de filhos que as mulheres possuíam. Todas as informações eram anotadas em uma folha, que foi apreendida na casa de João, no Jardim Morenão.

A delegada Marília dá orientações para que mais vítimas não caíam no crime. “Todo mundo que está na rede social deve ter muita cautela e tomar cuidado quando conversa com pessoas muito insistivas. Não pode colocar dados pessoas e nunca dizer que está sozinha (o) antes de procurar conhecer a pessoa e ter um pouco mais de conhecimento sobre ela”, finalizou.

Na casa do acusado foram encontrados desde a celulares até preservativos, que seriam usados em outros crimes. (Foto: Marcos Ermínio)
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