Capital

"Lagoa" do Rita Vieira aumenta risco de doenças transmitidas por mosquito

Alan Diógenes | 05/12/2015 10:29
Veículos passam por dificuldade por lagoa na Rua Ana Basília. (Foto: Gerson Walber)
Veículos passam por dificuldade por lagoa na Rua Ana Basília. (Foto: Gerson Walber)
Placa foi colocada para alertar outras pessoas sobre o buraco. (Foto: Gerson Walber)

Uma “lagoa” formada na Rua Ana Basília, no Bairro Rita Vieira, está deixando os moradores assustados temendo a infestação do mosquito Aedes aegypti, que agora pode transmitir três doenças: a dengue, chikungunya e zika vírus. Em forma de protesto, até faixas foram colocadas para alertar as autoridades sobre o problema.

A ideia foi da dona de casa Tânia Regina Vasques, 45 anos, que estava cansada de procurar a prefeitura para resolver o problema. “Paguei R$ 60 para fazer a faixa, pelo menos é um aviso para as pessoas que não conhecem o bairro não terem o risco de cair dentro desta lagoa”, explicou.

Já a fotógrafa Ellen Chaves, 24, que também mora na rua, teve outra ideia que reuniu os vizinhos para amenizar o problema. Eles alugaram uma caçamba por R$ 700 para jogar entulhos no buraco.

“Já pedimos o cascalhento da rua mas até agora nada. Então resolvemos tomar esta atitude, o que não deu muito certo, porque com as pedras piorou ainda mais para entrar com o carro na garagem de casa. Estou cansada de ver, sapos, caramujos e mosquitos entrando dentro de casa. Para evitar doenças, coloquei repelente nas tomadas e vacinei os cachorros para não pegar leishmaniose”, destacou Ellen.

Com ajuda de vizinhos, Ellen trouxe caçamba com entulhos para tampar "lagoa". (Foto: Gerson Walber)
André se preocupa com prejuízos que possa ter com carro. (Foto: Gerson Walber)

Na rua, o filho da diarista Roselida Magalhães, 58, pegou dengue há três semanas. Ela tem certeza que o mosquito que transmitiu a doença “nasceu” na água da lagoa. “Não resta dúvida, porque não existe outro recipiente de água tão grande como este no bairro. Quando chove piora ainda mais e por aqui a gente tem que andar que nem bicho beirando o muro para escapar da lagoa”, comentou.

Por isso, a preocupação maior de sua vizinha, a enfermeira Ana Paula Seles, 35, é com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Faz tempo que essa lagoa existe e por isso liguei na ouvidoria da prefeitura para reclamar, sem sucesso. É muito perigoso, só quando todo mundo na rua ficar doente é que eles irão fazer alguma coisa”, mencionou.

Já o bancário André Mostardeiro, 37, se preocupa é com os prejuízos que pode ter com seu carro. “Aqui na rua todo mundo tem carro, então é perigoso eu ou até mesmo algum vizinho estourar um pneu, uma suspensão ou ficar atolado nesta lagoa. A gente paga caro pelo IPTU e IPVA e não temos melhorias em contrapartida”, finalizou.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria da prefeitura para saber que medida será tomada quanto ao assunto, mas as ligações não foram atendidas na noite de sexta-feira (4).

"Lagoa" é enorme e serve como recipiente para mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. (Foto: Gerson Walber)
Nos siga no