Capital

“Expulso” da Câmara foi protestar contra greve longa dos professores

Edivaldo Bitencourt | 05/08/2015 15:21
Elvis está revoltado contra a greve dos professores: cadê o direito das crianças? (Foto: Marcos Ermínio)
Elvis está revoltado contra a greve dos professores: cadê o direito das crianças? (Foto: Marcos Ermínio)

Presidente da Associação dos Moradores do Jardim Aeroporto, Elvis Rangel, contou que foi à Câmara Municipal para protestar contra a greve dos professores, que começou no dia 25 de maio deste ano. Frequentador do legislativo municipal há quatro anos, o líder comunitário afirmou que ficou constrangido ao ser retirado do plenário pela Guarda Municipal após dois vereadores o colocarem como “inimigo” dos manifestantes da educação.

Ele contou que foi para manifestar a revolta como pai, já que o filho está sendo prejudicado com a greve dos professores. Conforme Rangel, a paralisação afeta parcialmente a escola, onde o filho assiste apenas duas das três aulas por dia. “Meu filho pergunta todo dia quando vai ter aula?”, comentou.

E como é presidente da Associação dos Moradores, ele também foi verbalizar a insatisfação das mães com a greve. Ontem, conforme o líder, 20 pais foram à Câmara Municipal protestar contra os professores.

Ele promete ir à Justiça contra os vereadores Paulo Pedra (PDT) e Luiza Ribeiro (PPS), que o teriam insultado e dito que seria mandado do prefeito Gilmar Olarte (PP) para tumultuar a manifestação na Câmara. Rangel contou que foi exonerado do cargo de coordenador comunitário da Secretaria Municipal de Governo em abril deste ano.

Rangel continua insatisfeito com a greve, principalmente, porque vai comprometer a qualidade do ensino. “É um absurdo a greve durar tanto tempo”, frisou. Ele até faz protesto contra a paralisação com faixa na frente de casa no Jardim Aeroporto.

E o protesto – que teve a adesão de dois pais e de outro – terminou com a expulsão da Câmara Municipal. O fato de ter sido expulso do legislativo, que seria a casa do povo, revoltou Rangel. “Eles tem a imunidade do mandato, mas vão responder na Justiça”, destacou o líder comunitário, que ainda pedirá a quebra do decoro dos dois vereadores.
“Foi expulso da casa do povo como se fosse bandido”, indignou-se.

Os professores afirmaram, de manhã, que eles estavam sendo provocados e por isso pediram a retirada de Rangel do plenário.

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