Capital

“Dor continua como se fosse agora”, diz pai de jovem morta a tesouradas

Ademir de Souza Holsback acompanha o julgamento de Roberson Batista da Silva, de 33 anos, o “Robinho”, assassino confesso de Mayara Fontoura Holsback

Izabela Sanchez e Bruna Pasche | 01/11/2018 08:52
Roberson Batista da Silva, 33, o “Robinho”, assassino confesso de Mayara Holsback (Henrique Kawaminami)
Roberson Batista da Silva, 33, o “Robinho”, assassino confesso de Mayara Holsback (Henrique Kawaminami)
Ademir de Souza Holsback (camisa listrada) acompanha julagamento.

Roberson Batista da Silva, 33, o “Robinho”, é julgado nesta quinta-feira (1) pelo tribunal do Júri, pelo assassinato de Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, morta com golpes de tesoura. Nesta manhã, em meio a uma sala cheia, o pai da vítima, Ademir de Souza Holsback, acompanha o julgamento e afirma que a “dor continua como se fosse agora”.

“Espero Justiça”, comentou. “Apesar de ter acontecido o crime há algum tempo, a dor continua como se fosse agora”. O pai da vítima pediu que o advogado, Loester Ramires Borges, atuasse como assistente da acusação. O pedido foi acatado pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O advogado Loester Ramires Borges afirma que a expectativa é que o tribunal aceite as qualificadoras de feminicídio por motivo torpe. Robinho, afirma, deve pegar de 12 a 30 anos de prisão. No júri, ainda assim, há apenas duas mulheres.

Crime - Robinho matou a namorada a golpes de tesoura no dia 15 de setembro de 2017, na casa em que a jovem morava com o irmão, no bairro Universitário. Em audiência na justiça ele confessou o crime e afirmou que assassinou Mayara em um momento de raiva, durante uma discussão.

Ele ficou foragido por 51 dias, se apresentou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) no dia 6 de novembro. Ele é indiciado por feminicídio com outras três qualificadores, motivo torpe, que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.

Nos siga no