Capital

Corregedoria da PM investiga sargento que matou tenente no Nova Lima

Viviane Oliveira | 04/07/2017 12:05
Movimentação de policiais e socorristas na avenida onde ocorreu o crime (Foto: André Bittar)
Movimentação de policiais e socorristas na avenida onde ocorreu o crime (Foto: André Bittar)
Sargento prestou depoimento à polícia, na tarde de ontem (Foto: André Bittar)

A Corregedoria da PM abriu inquérito policial militar para apurar a conduta do sargento César Diniz da Silva, 43 anos, que matou com três tiros o tenente João Miguel Além Rocha, 50 anos, também da corporação, no Bairro Nova Lima. O crime aconteceu no sábado (1º), na Avenida Gualter Barbosa. A venda de um Nissan Tiida motivou a discussão entre os militares. Na ocasião, um jovem de 18 anos foi baleado. 

Segundo a assessoria de imprensa da corporação, a corregedoria tem 40 dias para apurar as circunstâncias, mas o prazo pode ser prorrogado por mais 20 dias. Ontem, o PM se apresentou à polícia, prestou depoimento e foi liberado. O militar, segundo o advogado Sebastião Francisco dos Santos Júnior, também esteve na corregedoria da Polícia Militar prestando depoimento no início da tarde de segunda-feira.

Conforme a defesa, o sargento não sabia que a vítima também era policial militar. “Na discussão, nenhum falou para o outro que era PM. “Ele está muito abalado e disposto a fornecer todas as informações à polícia e colaborar com a investigação”, ressaltou Sebastião Francisco em entrevista concedida na manhã de ontem.

Procurada, a esposa do tenente disse que não iria dar entrevista em respeito aos dois filhos adolescentes, que estão de luto, chocados e abalados com a porte do pai.

Em consulta no site do Tribunal de Justiça consta que o sargento César Diniz responde a dois processos: lesão corporal e ameaça ocorrido em 31 de julho de 2013. Na ocasião, ele e mais dois policiais invadiram a casa de dois homens e os agrediram. O outro, por violência doméstica contra a ex-mulher com quem foi casado por dez anos. O crime foi registrado no dia 26 de março de 2015. O policial é lotado no Batalhão de Polícia Militar do Nova Lima, bairro onde também mora. Atualmente, o PM está afastado de suas funções por problemas de saúde. 

O caso - Ambos foram até a oficina onde o crime aconteceu porque o veículo em questão, passaria por reparos. Não há informações sobre o envolvimento de cada um deles nas negociações e tampouco qual deles era o dono do automóvel. Houve discussão entre os militares.

A vítima, que também estava armada com revólver calibre 38, foi morta com três tiros nas costas. Já o rapaz que não tinha nada a ver com a história foi ferido com uma bala perdida. O delegado Weber Luciano de Medeiros vai investigar se o tiro que atingiu a vítima saiu da arma da vítima ou do sargento. O jovem passou por procedimento cirúrgico no abdômen e continua internado na Santa Casa. 

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