Cidades

Campo Grande terá ações contra a dengue em sete microrregiões a partir de segunda

Fernando da Mata | 13/01/2012 15:15

Segundo a Sesau, cerca de 400 agentes de saúde e 96 militares do Exército trabalharão no mutirão contra a doença

Bairro Guanandi é um dos prioritários na ação (Foto: Simão Nogueira)
Bairro Guanandi é um dos prioritários na ação (Foto: Simão Nogueira)

As ações de combate à dengue em Campo Grande serão intensificadas em sete microrregiões suscetíveis à doença, a partir de segunda-feira (16). Dentre os principais alvos, estão os bairros Guanandi, Aero Rancho, São Conrado, Mata do Jacinto e Coronel Antonino.

Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), cerca de 400 agentes de saúde e 96 militares do Exército estão envolvidos no mutirão contra a doença, que foi lançado, nesta sexta-feira (13), no auditório do 18º Batalhão Logístico do Exército.

A secretária em exercício da Sesau, Ana Lúcia Lyrio de Oliveira, afirmou que “a meta é acabar com focos e larvas do mosquito da dengue nesses locais”.

A ação lançada nesta sexta-feira resulta de parceria entre a prefeitura de Campo Grande e o Exército brasileiro e está na segunda fase. A primeira foi realizada entre os meses de novembro e dezembro do ano passado.

Durante a apresentação formal das ações na cidade, o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) pediu atitude para a população.

“Consciência e sabedoria do que é dengue as pessoas têm. O que falta é arregaçar as mangas e fazer o dever de casa. Com certeza a epidemia pode ser afastada se tivermos o auxílio da população. Não adianta colocar responsabilidade apenas nos ombros das autoridades”, declarou o prefeito.

Para o chefe de operações do CMO (Comando Militar do Oeste), general Amauri Pereira Leite, o apoio da população é muito importante.

“[A dengue] é um inimigo difícil de combater, que causa grande mal. Por isso, contamos com apoio da população para vencer a guerra contra o mosquito e a doença”, destacou o general.

Números da dengue – O número de casos de dengue neste início de ano é considerado baixo pela Sesau. Até o dia 10 de janeiro, foram registrados 91. No primeiro mês do ano de 2011, foram 1,1 mil casos, e no mesmo período de 2010, 11 mil.

O chefe do serviço de controle de vetores do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), Alcides Ferreira, destacou que 85% dos focos do mosquito transmissor da doença são encontrados nas casas. “Em terrenos baldios, que geralmente chamam atenção, o índice não chega a 5%”, lembrou Ferreira.

População em alerta – O bairro Guanandi é uma das regiões mais suscetíveis para se contrair a doença. O Índice de Infestação Predial do bairro, divulgado pela Sesau, chegou a 4,8 na primeira semana de janeiro. Com o mesmo índice, estão os bairros Taquarussu e Jacy.

Morador do Guanandi, o auxiliar de serviços gerais Nivaldo Ortiz, 36 anos, tem medo de contrair a doença pela terceira vez. “Medo qualquer um tem. Por mais que você cuida, às vezes os vizinhos não cuidam”, reclamou Ortiz.

A balconista Elizete de Lima, 48 anos, também mora no bairro e faz o dever de casa. “Minha casa procuro manter sempre em ordem. Não deixo ‘vazinhos’ com água e a água do cachorro eu troco duas vezes por dia”, explicou Elizete.

Militares recebendo instruções para a ação no bairro São Conrado (Foto: Simão Nogueira)
Apresentação formal no 18° Batalhão de Logística do Exército das ações contra a dengue (Foto: Simão Nogueira)
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