Cidades

Buraco aberto há 90 dias na Ernesto Geisel gera protesto

Redação | 10/01/2009 09:49

Um buraco na Avenida Ernesto Geisel, no cruzamento com a Cândido Mariano, em Campo Grande, tem sido motivo de reclamação de quem precisa passar pelo local constantemente. Por conta disso, na tarde dessa sexta-feira, Antônio Karlus Silva, 46 anos, colocou pneus dentro e os incendiou.

"Eu simplesmente queria sinalizar o buraco", conta o consultor técnico de segurança, que chegou a ser detido e irá responder a inquérito por ter causado o incêndio, no local que chamou de "cratera".

Por conta do buraco, quem trafega de automóvel no sentido centro-bairro pela faixa da esquerda, precisa mudar para não cair no local ou no córrego. Já quem atravessa a rua a pé, precisa desviar o caminho e corre o risco de ser atropelado.

Ele relata que antes do ano novo entrou em contato com a Prefeitura para pedir que fosse tampado o buraco, mas foi informado que devido a transição no secretariado, o serviço não seria feito.

Já na primeira semana deste ano, uma empresa contratada pela Prefeitura foi até o local, mas fechou apenas os buracos menores, mesmo ele tendo mostrado a "cratera".

Para evitar acidentes, com veículos e pedestres, Antônio tomou a iniciativa de sinalizar o local com caixas, cavaletes e sinalizadores, mas, segundo ele, "os carros batem e destróem".

Antônio diz que a idéia de colocar fogo surgiu quando tomava garapa. De acordo com ele, foi do garapeiro a idéia de colocar pneus no buraco.

Eles então colocaram seis pneus, sendo que cinco ficaram dentro, e somente um ficou aparecendo. "Por aí você já vê o tamanho [do buraco]". Como o pneu é da cor do asfalto ele então resolveu colocar fogo "para sinalizar". "Só que do primeiro pneu passou para os outros".

Antônio conta que ficou assustado com a proporção que teve o incêndio. "Não era um protesto. Mas se essa coisa de protesto ajudar a tapar é ótimo.", comenta.

E não é só ele quem reclama da situação. A esteticista Dalva de Almeida, 50 anos, trabalha em salão próximo ao local e diz que o buraco está aberto há três meses. "Sempre acontece acidente.

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