Cidades

Arquiteto de 28 anos morre com sintomas de leishmaniose

Redação | 19/10/2010 17:08

O arquiteto Victor Aizza Goularte, de 28 anos, morreu no último sábado (16) sob suspeita de leishmaniose visceral em Campo Grande. Ele ficou internado por 19 dias e faleceu por consequencias de uma forte pneumonia. O jovem foi enterrado no dia 17 de outubro em Andradina, interior paulista, cidade onde reside sua família.

A mãe de Victor, Maria Helena Aizza Goularte, relata a história do filho. "Ele estava com alguns problemas de saúde há alguns meses e veio a Andradina para tratamento médico", conta.

Quando deu entrada no hospital por conta de dores no corpo e uma febre sem motivo aparente, Victor realizou todos os exames, incluindo radiografias, que constataram crescimento do volume dos órgãos, como fígado, baço e vesícula.

A leishmaniose visceral é caracterizada pelos sintomas de febre e aumento dos órgãos. Um dia após ser internado, o arquiteto colheu material para exame que confirmaria a leishmaniose. O material foi encaminhado para Belo Horizonte.

Mesmo sem a confirmação de leishmaniose, os médicos começaram a ministrar medicamentos de combate à doença, o que debilitou a saúde do arquiteto. A urina de Victor tinha uma coloração escura e os órgãos começaram a produzir água. Nos três últimos dias de vida, ele desenvolveu uma forte pneumonia, que pode ter levado a óbito.

O arquiteto vinha de um histórico de problemas de saúde. "Em maio ele veio a Andradina reclamando de uma forte dor no abdômen, e achou que era apêndice, mas não foi confirmado. Um mês depois, ele voltou com suspeita de pneumonia", diz Maria Helena.

A mãe do jovem vem para Campo Grande nesta semana para retirar o atestado de óbito e tomar outras providências sobre a morte de Victor. Na sexta-feira (22), às 19 horas na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, está marcada a missa de sétimo dia do arquiteto.

"Eu acompanhei o tratamento em Campo Grande e fiz o máximo para que ele não sofresse. Mas depois que a pneumonia atacou, vi que não teria mais jeito", descreve.

Victor morava há 10 anos em Campo Grande e era sócio em um escritório de arquitetura.

No ano passado, 12 pessoas morreram de leishmaniose em Mato Grosso do Sul. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) foi procurada pelo Campo Grande News por volta das 17 horas, e respondeu que não poderia confirmar o número de casos de leishmaniose em Campo Grande por conta do término do expediente.

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