Cidades

Após protesto, André ameaça suspender aumento de 10%

Redação | 08/05/2009 18:32

No protesto dos policiais civis durante a visita do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Campo Grande, o governador André Puccinelli (PMDB) ameaçou suspender a criação da quarta classe da Polícia Civil. Além de se recusar a receber os três sindicalistas encaminhados para a solenidade pela assessoria da presidência da República, o governador chegou a pedir a prisão dos manifestantes, segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Paulo Carvalho.

Puccinelli não gostou da tentativa dos agentes de realizar manifestação durante a inauguração da Estação do Trem do Pantanal no Indubrasil. Policiais rodoviários e militares barraram os manifestantes no trevo de acesso ao Distrito Industrial, no macro-anel rodoviário.

O protesto ficou a 1.500 metros do palco onde estava o presidente da República. Funcionários da Casa Civil encaminharam três sindicalistas para serem recebidos pelo governador.

Segundo Carvalho, Puccinelli chegou a telefonar na frente do assessor de Lula e pediu um camburão para prender os três manifestantes. Ele proferiu palavrões ao se referir aos manifestantes.

Em seguida, o governador afirmou que desistiu de criar a quarta classe, que representava acréscimo de 10% nos vencimentos dos agentes. Puccinelli teria frisado que os policiais civis só terão correção salarial de 6%.

Revoltados com a situação, os policiais encerraram o protesto e vão realizar assembléia geral na próxima quarta-feira. Segundo Carvalho, o encaminhamento pode ser greve por tempo indeterminado.

Na segunda-feira, o Sinpol publicará nos jornais o documento assinado por Puccinelli, no qual assume o compromisso de criar a quarta classe. A eventual paralisação pode ocorrer num momento considerado delicado pelo Governo, principalmente, após a repercussão dos assaltos a casa do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) e a joalheria do Shopping Campo Grande.

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