Cidades

Após motim, Cigcoe mantém adolescentes sob mira de armas

Redação | 03/09/2010 08:30

Depois da última rebelião ocorrida ontem na Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, policiais da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) mantém a situação sob controle.

Armados, eles fazem a guarda no prédio improvisado, onde era a Colônia Penal Agrícola, na saída para Aquidauana.

Segundo um agente socioeducativo, que não quis se identificar, os servidores não têm condição de conter os internos e, por este motivo, a Polícia foi acionada.

Até as pedras do prédio são armas nas mãos dos adolescentes.

"Se um moleque pega uma pedra e vem para cima de mim não vou fazer nada", diz o agente.

Embora os tumultos iniciados ontem - e que só terminaram no início da madrugada - tenham sido controlados, a situação está longe da normalidade.

Hoje de manhã, os adolescentes estavam amontados no local que antigamente era destinado à visita dos presos da antiga Colônia Penal.

Os agentes explicaram que ontem houve dois motins na Unei, um à tarde e outro à noite.

Conforme os servidores, a segunda foi mais complicada.

"Eles destruíram tudo", revela. Os policiais dizem que tiveram de atirar para evitar uma fuga em massa, de acordo com o agente.

Ele assegura que não houve fuga, diferente do que havia sido divulgado ontem.

O superintendente que coordena as Uneis, coronel Hilton Vilassanti, revela que um alojamento e um galpão foram destruídos.

Cerca de 80 adolescentes estão nesta unidade desde o fim de julho, quando o juiz determinou a interdição da Unei Dom Bosco, localizada na saída para Três Lagoas.

Depois de passar por uma pintura, os garotos foram remanejados ao local, onde devem ficar até 31 de dezembro.

O prédio já havia passado por reforma em 2008, quando o governo investiu R$ 500 mil.

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