Cidades

Após denunciar falta de combustível, soldado é intimado

Redação | 10/08/2009 10:04

O soldado José Florêncio de Melo Irmão, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros foi intimado na quinta-feira passada para que fosse hoje às 9 horas, à sede do 1º Batalhão de Polícia Militar prestar depoimento sobre denúncia em relação à falta de combustível para as viaturas. O problema tem restringido atendimentos na Capital.

Conforme nota que consta no site da Associação de Cabos e Soldados, as informações repassadas por Melo têm como base denúncias feitas por policiais à entidade, de forma anônima, por temerem represálias pelo governo.

"A entidade além de representar o segmento dos praças, representa também a responsabilidade social que eles têm com a sociedade do Estado. Então só repassamos a imprensa uma situação que atinge diretamente toda a população, não entendemos o porquê desta apuração", externou Melo.

De acordo com a associação, é a segunda vez que Melo é intimado a falar sobre declarações feitas à imprensa, o que é visto como retaliação. "A Constituição Federal/1988 garante a livre manifestação de pensamento", lembrou a assessoria jurídica da associação.

Sobre a falta de combustível, no dia 2 de julho o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, disse que houve "uma mudança na forma do policiamento, com mais efetivo a pé" e o chamado "policiamento misto", quando os policiais ficam com viaturas próximas, mas desenvolvem as atividades a pé. Somente em caso de necessidade as viaturas são usadas.

A assessoria de imprensa do Comando da Polícia Militar foi procurada para falar sobre o assunto e informou que a apuração ocorre sempre policiais falam sobre assuntos internos da corporação, o que cabe somente a Comando.

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