Cidades

Apesar de acordo, professora quer indenização de 120 mil

Redação | 20/05/2010 10:58

Apesar de acordo para posse na rede municipal de ensino, a pedagoga Telma Nantes, que é deficiente visual, resolveu pedir na Justiça 120 mil reais em indenização por "danos morais". O processo pode comprometer a posse da professora, agendada para amanhã.

A prefeitura de Campo Grande deve suspender a posse, sob a alegação de que não teria como justificar o pagamento eventual da indenização, mais os honorários de cerca de 20 mil à advogada, caso fosse cumprido acordo para que Telma assumisse como servidora municipal.

No dia 20 de abril, a pedagoga fechou acordo em reunião com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) para assumir a vaga, depois de entrar no percentual de cotas destinadas aos deficientes físicos.

Como foi aprovada para dar aulas na Educação Infantil, a prefeitura negou a posse por considerar incompatibilidade com a função, já que Telma não enxerga,

Após a reunião com o prefeito, ficou decidido que Telma seria remanejada.

Ela confia na posse e na tarde de hoje deve ir às 14 horas até a Central de Concursos para levar os documentos exigidos para a posse, apesar de ainda não saber onde irá trabalhar.

A professora alega, ao justificar o processo contra o Município, que a ação judicial não visa apenas a indenização, mas também um ajuste de conduta para que "nenhum caso desses em concursos públicos municipais".

A advogada da professora, Tânia Cunha, insiste com o pedido de indenização e afirmar que só depois da posse as duas vão decidir se suspendem ou não o processo contra a prefeitura.

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