Cidades

Apenas dois continuam presos depois da Operação Cupim

Redação | 22/05/2009 13:53

A Justiça concedeu habeas corpus a outras oito pessoas presas durante a Operação Cupim, que desarticulou esquema de desmatamento, corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Depois de cinco empresários terem conquistado o direito de aguardar o julgamento em liberdade, a desembargadora relatora Marilza Lúcia Fortes, deferiu os pedidos de Maurício Fernandes Bueno Filho, Nilton José Baraúna, Jorge Barbieri Figueiredo, José Miguel Milet Freitas, Aridalton José de Souza Maurício de Souza Lima e Jair Aparecido Dias.

Das quinze pessoas presas, na ação feita dia 11 de maio, apenas Cival Pereira dos Santos e Eva Santos Gonçalves não foram colocados em liberdade. Já os empresários Júlio Alberto Pereira Pinto, a esposa dele Carine Zanotto, Cláudio Aparecido Pereira Pinto, Hélio Della Vedova de Araújo e Cláudio Goliczeski, foram soltos dia 15 de maio.

Conforme o MPE (Ministério Público Estadual), o empresário Júlio Alberto Pereira Pinto liderava o esquema de sonegação. Ele residia em Sinop (MT) e coordenava suas empresas Silver Line Transporte e Logística Ltda e J.A. Pinto Transporte Ltda, ambas com sede no endereço residencial dele. AS empresas levavam madeira de Mato Grosso para São Paulo, Santa Catarina, Paraná e passavam por Mato Grosso do Sul.

Segundo as investigações, Julio pagava agentes tributários estaduais para cuidar de veículos fossem passar pela fiscalização. As notas fiscais eram duplicadas, ou seja, usadas por mais de um veículo.

Os valores contidos na nota também estavam abaixo do mercado e o peso não condizia com o real. Quem fazia a duplicação das notas fiscais e carimbos falsos da receita estadual era Cival Pereira dos Santos, ex-funcionário da empresa que prestava serviços ao Posto Fiscal Tributário de Sonora. Ele tinha como cúmplice Francisco José de Souza, que em sua ausência praticava a ação.

Para fazer pagamentos de propina a funcionários, Cival utilizava a conta bancária da esposa, Eva Santos Gonçalves. Os fiscais deixavam as carretas de Júlio passarem sem abordagem, o que causa prejuízo aos cofres públicos.

A Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) estima que tenha conseguido recuperar R$ 700 mil com a Operação Cupim.

Nos siga no Google Notícias