Cidades

André diz que suspende negociação se saúde parar dia 18

Redação | 16/03/2010 13:19

Os cerca de 4 mil servidores da saúde começam a decidir, a partir de amanhã, se vão paralisar as atividades, por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira. O Governo manteve a proposta de conceder reajuste de apenas 4,5%, mas aceita incorporar o abono de R$ 150.

No encontro, que durou cerca de três horas, das 19h às 22h desta segunda-feira, o governador André Puccinelli (PMDB), ouviu os três diretores do Sintss (Sindicato dos Trabalhadores na Seguridade Social) e descartou conceder o aumento de 72% reivindicado pela categoria. Eles querem a concessão do aumento de 50% concedido aos médicos no ano passado e mais 15% de reposição das perdas.

Apesar da reunião ter ocorrido em clima tranqüilo, o governador foi enfático: se houver a greve, ele encerrará nas negociações com a categoria. A paralisação pode paralisar o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, Laboratório Central e Hemosul a partir de quinta-feira.

Proposta - Puccinelli reafirmou que o Estado só tem condições técnica, financeira e legal de conceder reajuste linear de 4,5%. Argumentou que houve a crise econômica mundial e a queda na receita com o subfaturamento do gás natural pela Petrobras.

Segundo o presidente do Sintss, Júlio César das Neves, o governador mostrou-se tranqüilo, mas preocupado com a conjuntura atual, a situação financeira do Estado e a campanha eleitoral. Ele afirmou que sentiu o chefe do Executivo mais preocupado do que as negociações realizadas em 2008 e 2009. "Foi até inusitado", classificou.

Como o governador propôs a incorporação do abono de R$ 150 e a concessão do reajuste de 4,5% sobre o vencimento novo, o sindicato convocou assembléias gerais para decidir a proposta.

A primeira assembléia acontece amanhã, a partir das 13h, no Hospital Regional. A segunda será na quinta-feira, a partir das 9h no Lacen e a terceira, às 12h no Hemosul. Os servidores poderão suspender a greve, que deverá comprometer o atendimento no HR em plena epidemia de dengue em Campo Grande, agravando a situação na rede pública de saúde.

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