Cidades

Alvo de operação, empresa de bitcoins estava deserta e buscas levaram minutos

Além da Mineworld, as empresas Bit Ofertas e Bitpago, em Campo Grande e São Paulo, também foram vasculhadas pelo Gaeco

Anahi Zurutuza e Bruna Kaspary | 17/04/2018 10:08
Prédio onde está instalada a MinerWorld em Campo Grande (Foto: Saul Schramm)
Prédio onde está instalada a MinerWorld em Campo Grande (Foto: Saul Schramm)

Alvo da Operação Lucro Fácil, a MinerWorld, empresa de mineração da moeda virtual Bitcoin com sede no Paraguai e unidade em Campo Grande, estava deserta quando equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) chegou, antes da 7h desta terça-feira (17). A unidade da Capital funciona no edifício One Offices, na rua 15 de Novembro.

Com o pouco que funcionários do condomínio de escritórios puderam falar, o Campo Grande News apurou que as buscas no local levaram minutos. “A gente não pode dar informação”, repetiam os empregados.

Vizinhos do escritório também disseram ter visto a movimentação, mas não quiseram dar detalhes.

Agentes chegando ao prédio do MPMS, na Rua da Paz (Foto: Liniker Ribeiro)

 

 

 

 

A operação – Além da Mineworld, as empresas Bit Ofertas e Bitpago, em Campo Grande e São Paulo, também foram vasculhadas pelo Gaeco. As equipes ainda estiveram nas casas dos sócios das empresas.

Os agentes foram às ruas às 6h para cumprir oito mandados de busca e apreensão, de acordo com o que divulgou a assessoria de imprensa do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), expedidos pela Vara de Direitos Difuso, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande em ação civil pública proposta pela 43ª Promotoria de Justiça do Consumidor.

O foco da força-tarefa, ainda segundo o MP, “é combater a formação fraudulenta de pirâmide financeira através do fornecimento de suposto serviço de ‘mineração de bitcoins’”.

Por volta das 10h desta terça-feira, agentes chegaram ao prédio onde está instalada a 43ª Promotoria com malotes e uma CPU de computador.

O advogado da MinerWorld em Campo Grande, Wilton Celeste Candelorio, esteve na sede do Gaeco mais cedo e disse que procuraria o responsável para “entender o motivo da operação”.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) encaminhou ao Ministério Público, no início deste ano, parecer sobre indícios de pirâmide financeira envolvendo a empresa.

Nos siga no