Cidades

Aluna faz desabafo emocionado em audiência sobre fechamento de escola

Emocionada, Maria Catarina, estudante da escola Riachuelo critica fechamento da instituição durante reunião na Câmara Municipal

Silvia Frias e Danielle Valentim | 08/01/2019 10:37
Vereadores e representantes da educação discute fechamento de escolas estaduais (Foto: Danielle Valentim)
Vereadores e representantes da educação discute fechamento de escolas estaduais (Foto: Danielle Valentim)

“Já choramos, já marcamos várias reuniões e conversamos, mas parece que é tudo tão difícil quando se trata de educação no Brasil”. Esse foi o desabafo da estudante Maria Catarina Borges Fernandes, 19 anos, presidente do grêmio estadual da escola Riachuelo, durante reunião na Câmara de Vereadores, que discute fechamento de escolas estaduais.

A reunião foi organizada pelo vereador Valdir Gomes (Progressista), da Comissão de Educação. Antes do recesso legislativo, um documento foi elaborado criticando o fechamento das escolas estaduais Consuelo Muller e Riachuelo.

Agora, serão incluídas mais duas na lista: Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, que funciona dentro do Residencial Flamingos, no Lar do Trabalhador e a Zamenhof, no bairro Amambaí. “Estamos fazendo documento para barrar desmandos da secretária de educação”, disse Valdir Gomes, referindo-se à Maria Cecília Amêndola.

Gomes disse que recebeu informações de que a secretária nunca foi às escolas para falar sobre fechamento. “Porque não avisaram antes da eleição, é desmerecimento com eleitores; governador esperou se eleger mais quatro anos para dar este presente para Campo Grande”.

No encontro, além dos vereadores, participam estudantes, pais de alunos e representantes da ACP (Sindicato dos Professores), Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação em Mato Grosso do Sul) e Sintede (Sindicato dos Servidores Administrativos da Educação Pública Estadual de Campo Grande).

Um dos discursos mais emocionados foi o de Maria Catarina. Pelo cronograma da Secretaria Estadual de Educação, a Riachuelo, no bairro Cabreúva, será fechada e os alunos transferidos para a escola Hércules Maymone.“Isso é muito sério, colocar a gente num lugar, fazer um projeto, dar esperança num futuro melhor e tirar assim, do nada! A gente vai para uma escola onde a gente não é bem vindo, onde fizeram protesto para não estar lá. Como é que a gente se sente? Eu pergunto para vocês que nos representam”, disse, chorando.

Segundo a Secretaria, a escola atende hoje 380 estudantes matriculados no AJA (Avanço do Jovem na Aprendizagem). “Ressaltamos que toda a equipe docente lotada na EE Riachuelo passará a realizar o atendimento aos estudantes no novo endereço, a partir do próximo ano letivo, garantindo assim a qualidade do ensino ofertado aos alunos do Projeto AJA”, segundo nota da secretaria.

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