Cidades

Agetran aponta que passes cortados no Caiobá não atendem a legislação

Ítalo Milhomem | 18/02/2011 15:07

Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) esteve hoje no Portal Caiobá para medição de distâncias entre as residências de alunos e a escola da região, depois de protesto de pais que fechou a rua da linha de ônibus do bairro.

Segundo o diretor do órgão, Rudel Trindade, os técnicos constataram distante inferior a estabelecida pela lei do passe livre, o que, segundo a Agetran, justifica o corte do benefício a um grupo de estudantes do Portal Caioba II, em Campo Grande.

Segundo Rudel, a legislação que implantou o passe do estudante na Capital prevê a distância mínima de dois quilômetros entre a escola e a casa do estudante para concessão do benefício.

“Não é corte do passe do estudante. Lá naquele trecho foi verificado por nossos técnicos que os estudantes não atendiam o requisito de 2 mil metros da escola. As mães argumentam que as crianças são pequenas, tem dias que chove, mas a regra diz, que você tem que ter 2 mil metros de distância. Essa é uma situação que não compete a gente”, disse Rudel.

No entanto, Rudel disse também que pode ter acontecido erros nos cálculos da distância, nesses casos a pessoa tem que procurar a Agetran e reclamar, caso confirmado o erro, o passe do estudante cortado será restabelecido.

A presidente da associação de moradores do Portal Caioba II, Maria Aparecida Lemos do Santos, de 49 anos, que após a manifestação foi à prefeitura tentar solucionar o problema, diz que voltou de lá sem respostas.

“Fui à prefeitura, mas nada foi resolvido. Nos encaminharam ao gabinete do prefeito e foi agendado para eu voltar com mais mães na próxima segunda-feira”, disse Maria Aparecida.

Ela conta, que por causa dos cortes do passes do estudante muitas mães estão pedindo para o motorista (cobrador) deixar as crianças passarem por debaixo da catraca quando não há o dinheiro da passagem e já estão pensando em não mandar mais as crianças para escola.

“São crianças pequenas com 6, 7 anos de idade e moças que voltam do colégio no final de tarde na escuridão”, reclama Maria Aparecida.

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