Cidades

Agentes patrimoniais do Estado denunciam falta de cursos

Redação | 09/01/2009 15:32

O convênio firmado ontem entre prefeitura e Sejusp (Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para capacitação de novos agentes da Guarda Municipal é questionada pelos agentes patrimoniais.

Os servidores que cumprem a mesma função pública, mas no Estado, alegam que o governo estadual está deixando de capacitar agentes do Estado para dar formação aos servidores do município.

De acordo com presidente da Sindasp/MS (Sindicato de Agentes Patrimoniais de Mato Grosso do Su), Geraldo Celestino de Carvalho, pela Lei Estadual 3.093, cursos de capacitação e formação devem ser realizados anualmente, mas há dois anos o governo não promove qualquer curso para agentes na ativa.

"Não somos contrários à parceira firmada entre o governo e prefeitura. Só que o governo esta deixando de fazer o papel dele e cuidar dos agentes do Estado para capacitar os do município", questiona.

Outro problema apontado é que o efetivo está abaixo do exigido por lei que é de 995 agentes e segundo o presidente da entidade, o quadro atual é de aproximadamente 870 servidores. "O último concurso foi realizado há cerca de cinco anos", protesta.

Geraldo ressalta que em algumas cidades existe apenas um agente trabalhando, o que dificulta o empenho na função de proteger e guardar instalações e imóveis ocupados por órgãos e entidades do Poder Executivo. "Nessas cidades o agente trabalha um dia e folga no outro. Ou seja, de que adianta se os postos ficam à mercê da sorte?", questiona.

Na avaliação de Geraldo a função exercida pelos agentes contribuiu com a redução de gastos do Estado. Conforme ele, o serviço de segurança de uma escola estadual por mês sai em media a R$ 4.800 incluindo salários e encargos sociais. O mesmo trabalho feito por uma empresa privada sai em média por R$ 7 mil. Em todo Estado existem hoje aproximadamente 260 postos. "Por isso reivindicamos um novo concurso".

Para concorrer a uma vaga como agente patrimonial é exigido apenas ter idade acima de 18 anos e ensino fundamental completo. Mas a categoria reivindica que o nível de escolaridade exigida passe para Ensino Médio completo. "Hoje pelo menos 70% dos agentes possuem ou estão cursando ensino superior. Isso significa que o nosso grau de instrução é alto", explica o representante da entidade.

Na Sejusp a informação é de que o secretário Wantuir Jacini não passou pelo órgão à tarde, único que póderia responder às críticas do sindicato.

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