Cidades

Advogado diz que preso foi ameaçado antes de fugir

Redação | 09/02/2010 15:51

O advogado de Aelinton Amaro Pinto, o Playboy, diz que o cliente apanhou e foi ameaçado por agentes penitenciários da Segurança Máxima, onde estava até fugir nesta terça-feira.

Na opinião dele, que exigiu para que seu nome fosse preservado, esse poderia ser o motivo da fuga hoje. Aelinton fingiu que passava mal e quando chegou ao hospital Regional de Campo Grande conseguiu render o policial militar que fazia a escolta e escapou, junto de outro preso.

Segundo ele, na sexta-feira foi pedido exame de corpo de delito à Justiça, deferido e realizado no sábado. "O exame comprovou que o rapaz apanhou e os agentes sabem que podem ser punidos por isso", justifica sobre a suposta ameaça feira a Playboy.

Preso por tráfico, Aelinton foi flagrado na quinta-feira em atos libidinosos com a advogada responsável até então pela sua defesa. Através de um buraco, aberto na tela que deveria separar os dois, ele estava com a mão em um dos seios da mulher.

Depois do flagrante, a advogada se afastou do caso e foi substituída. Já Playboy foi levado para cela disciplinar e ficou no isolamento até a tarde de hoje, quando saiu para ir ao Hospital Regional.

O advogado garante que só ficou sabendo da fuga depois da receber a notícia do Campo Grande News e diz que o cliente não pertence mais ao PCC, apesar de ser considerado pela inteligência da Agepen como um dos líderes da facção criminosa.

Também no sábado, dois agentes que registraram a ocorrência do buraco encontrado na sala de advogado, procuraram a Polícia para denunciar ameaça de morte feita por Aelinton. Segundo os servidores, o preso teria informado que havia 250 mil reais a disposição dele para matar os agentes que denunciaram o caso.

No dia 27 de janeiro, Playboy tentou deixar a Máxima e ser beneficiado com o regime semi-aberto. No entanto, o juiz Albino Coimbra Neto negou a progressão e justificou em sentença "consta dos autos que a evasão do sentenciado se deu logo após de seu ingresso ao regime mais brando, o que demonstra clara intenção de descumprimento da pena. Inclusive, trata-se de segunda evasão do sentenciado, do que se verifica sua incompatibilidade com regime mais brando. De outro tanto, tem-se dos autos do documento juntado pela própria advogado do sentenciado, este quando de sua prisão, apresentou documento falso, em nome de Ronaldo Alves da Cruz, o que demonstra clara intenção de não cumprir a pena imposta".

A fuga de hoje foi a terceira fuga de Aelinton, duas delas em menos de um ano. Em novembro de 2009, ele foi abordado em um blitz em Campo Grande e preso com documentação falsa, depois de ter fugido da Colônia Penal.

Procurada pelo Campo Grande News. a advogada envolvida no escândalo também assegurou que nada sabia sobre o paradeiro de Playboy, que cumpria pena por tráfico de drogas.

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