Cidades

Acusados de matar garota participam de reconstituição

Redação | 12/03/2010 15:50

Começou há pouco a reconstituição do assassinato de Natália Wenz Ajala, 22 anos, morta na noite de sábado com um tiro na testa. O 7° D.P e a perícia técnica realizam a reconstituição do crime.

Os suspeitos Estefferson Roy Souza da Silva, o "Bu Bu Bu", 21 anos, e o ex-soldado do exército Ricardo Emanuel Machado da Costa Aragão, o "Ricardinho", de 20 anos, dono do revólver de calibre 38, usado no crime apresentam à polícia os fatos que aconteceram na noite do crime.

De acordo com a versão apresentada por Estefferson à Polícia Civil, o disparo foi feito por brincadeira. O rapaz havia retirado duas munições do revólver, acreditando que ele encaixaria a parte vazia ao invés da bala, como ocorreu.

Como o som no bar estava bastante alto, o público local não ouviu o tiro. Após o fato, o corpo permaneceu no lugar das 19h de sábado até 1h da madrugada de domingo, quando foi levado para os fundos de uma casa ao lado do bar e depois foi desovado em uma estrada próxima à Pedreira São Luís, na Vila Popular.

Policiais civis do 7º Distrito Policial acharam ontem o corpo da vítima, que estava desaparecida desde sábado.

O bar onde os acusados e a vítima estavam fica na rua Japecanga, esquina com a Jaboticatubas, na vila Silvia Regina. O dono do bar, Jéferson Alan Lopes, 35 anos, conhecido como "Preto Buda", alugava o prédio desde novembro do ano passado.

Na terça-feira, procurou o proprietário dizendo que iria desocupar o local, porque a mulher havia ganho uma casa da Emha no Jd. Noroeste e ele iria mudar para Bandeirantes, para trabalhar como pedreiro.

Na quarta-feira de manhã, "Preto Buda" mudou e não deixou a chave para o proprietário, Isaías Barreto, 45 anos, que teve de chamar um chaveiro para abrir a casa. Barreto ficou sabendo do crime hoje pela manhã, quando a polícia chegou ao local e ficou surpreso.

"O Buda tinha um boteco perto daqui e mudou para o meu prédio em novembro do ano passado", comentou Barreto. Buda, que não foi preso, também participa da constituição, junto da esposa e um advogado.

Violência - O crime chocou a vizinhança, porém ninguém quer comentar a respeito. No local sempre havia muita bagunça e som alto, principalmente durante o final de semana.

Uma vizinha, que não quis se identificar, contou que trabalhava junto com Natália em uma fábrica de costura e que Estefferson também teria trabalhado no local, porém foi demitido.

Nesta semana a mãe de Natália foi até a fábrica para saber de notícias da filha, "Ela foi lá à fábrica, chorando muito, mas ninguém sabia do paradeiro dela", lamentou.

Nos siga no Google Notícias