Cidades

Acusado de corrupção, Livrado Braga ficará em liberdade

Redação | 27/01/2009 08:26

O ex-diretor da Colônia Penal de Campo Grande, Livrado Braga, foi condenado a 3 anos e 10 meses de prisão, mas teve a pena convertida em trabalho à comunidade e multa de 5 salários mínimos, que serão repassados as entidades sociais.

A sentença por corrupção passiva e falsificação de documentos foi proferida no dia 23 de janeiro, pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Luiz Carlos Ataíde, depois de denúncia envolvendo ex-diretores, presos e agentes penitenciários.

No total foram relacionados 13 réus, acusados de participação em esquema de facilitação de saídas de detentos do semi-aberto para ação criminosa, com prática de assaltos, furtos e assassinatos.

A maior pena, de 6 anos e um mês, foi aplicada ao preso Mário Estevão Pereira. Ele é apontado como chefe do esquema. Na conta da filha de Mário , Ariadne Waleska, eram depositados os valores para bancar as saídas irregulares da Colônia. Ariadne também foi acusada de participação, mas absolvida.

O grupo foi preso no dia 25 de abril, mas desde 21 de maio, Livrado Braga estava em liberdade, assim como outros 4 servidores, por conta de revogação da prisão provisória.

Também suspeitos de participação nas fraudes, os servidores do sistema penitenciário Luiz Carlos dos Santos, Gilmar Figueiredo, Ricardo Baís e Miguel Coelho foram absolvidos por falta de provas, segundo sentença do juiz.

Quando foi revelado o esquema, uma agenda foi apreendida na casa de Mário, mostrando que os detentos pagavam até R$ 1 mil a agentes penitenciários para "mentirem" sobre evasões na Colônia Penal Agrícola de Campo Grande e fraudarem cartas serviço, que comprovavam a permanência no emprego durante o dia.

Conforme a denúncia, cabia a Livrado da Silva Braga, falsificar documentos onde havia informações sobre evasões, para que os presos se livrassem de acusações caso fossem apontados como suspeitos de crimes.

A agenda funcionava como um livro-caixa, com anotações sobre os dias faltados e os respectivos presos, bem como o valor pago aos servidores da administração penitenciária.

Até a moto de um detento foi encontrada na casa do ex-diretor Livrado da Silva Braga, uma Yamaha XTZ, com documentação irregular.

Outros 4 detentos foram condenados por pagarem propina aos servidores públicos

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