Cidades

Presos por pedofilia pagam fiança e são liberados 24 horas após prisão

Os presos foram flagrados com material (fotos e vídeos) contendo cenas de estupros de crianças e adolescentes durante buscas nos endereços alvos da força-tarefa

Anahi Zurutuza | 07/02/2019 14:22
Policiais federais chegando à sede da PF em Campo Grande com malotes contendo material apreendido na operação nesta quarta-feira (6) (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Policiais federais chegando à sede da PF em Campo Grande com malotes contendo material apreendido na operação nesta quarta-feira (6) (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Os quatro presos em flagrante durante a Operação Inocência Violada, deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (6), já estão nas ruas. Todos eles pagaram fiança e foram liberados.

Os presos foram flagrados com material (fotos e vídeos) contendo cenas de estupros de crianças e adolescentes durante buscas nos endereços alvos da força-tarefa.

A PF não informou qual o valor determinado pelos delegados envolvidos na ação para cada um dos suspeitos. Os investigados foram ouvidos ontem mesmo e saíram assim que depositaram o valor arbitrado.

Um dos presos é um militar aposentado da Marinha do Brasil, de 65 anos, que mora em Campo Grande. Também na Capital, foram presos um assistente serviços gerais, de 29 anos, um comerciante de 40 anos.

Já em Naviraí, um servidor público, de 49 anos, foi alvo da ação.

 

Militar da Marinha preso durante ação da PF de combate ao uso de crianças e adolescente em pornografia (Foto: Bruna Pasche/Arquivo)

A operação - Segundo a Polícia Federal, a Inocência Violada tem objetivo de combater o armazenamento e compartilhamento de arquivos que contêm, segundo a PF, cenas de “sexo explícito” com crianças e adolescentes.

Equipes da PF foram às ruas cinco cidades de Mato Grosso do Sul em operação contra rede de distribuição de arquivos contendo pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Equipes cumprem 11 mandados de busca e apreensão – 7 em Campo Grande, 1 em Chapadão do Sul, 1 em Jardim, 1 em Miranda e 1 em Naviraí.

A força-tarefa é resultado de apuração que começou em abril de 2018, a partir de monitoramento pela internet. Os investigadores identificaram pessoas que estariam acessando arquivos com as imagens de pornografia infantil.

A pena prevista no Código Penal para quem armazena este conteúdo é de 1 a 4 anos de reclusão. Compartilhar o material tem punição maior – de 3 a 6 anos de prisão. Já “produzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente” tem pena de 4 a 8 anos.

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