Cidades

Imagens mostram engenheiro flagrado no bafômetro tentando subornar PMs

Homem de 66 anos ofereceu R$ 500 aos policiais para que não fosse encaminhado à delegacia; depois aumentou para R$ 1,2 mil

Maressa Mendonça | 23/10/2019 12:31
Carro do engenheiro foi apreendido (Foto: Henrique Kawaminami)
Carro do engenheiro foi apreendido (Foto: Henrique Kawaminami)

Em vídeo, aparentemente gravado pelos próprios policiais, é possível ver quando o engenheiro de 66 anos, flagrado embriagado na madrugada desta quarta-feira (23) após fazer o teste do bafômetro, oferece R$ 500 para os PMs para não perder o veículo que conduzia no cruzamento da Avenida Afonso Pena com Rua Bahia, em Campo Grande.

Nas imagens, o homem pede para os militares “não faz isso comigo, não” e sugere a realização de um “negócio”. Os policiais perguntam mais sobre a sugestão e ele responde: “Eu dou um dinheiro para vocês R$ 500, R$ 600”. O engenheiro finaliza a tentativa de suborno declarando “não ser bandido” e reforçando a profissão. Ele também não demonstra preocupação ao saber que estava sendo filmado.

“Pode até me filmar, mas não faz isso comigo. É sacanagem fazer isso comigo. Sou um cara que trabalho”, diz.

 

O caso - engenheiro de 66 anos e a namorada, advogada de 28, foram presos na madrugada desta quarta-feira (23) após oferecerem suborno e desacatarem policiais militares durante uma abordagem. O caso ocorreu no cruzamento da Avenida Afonso Pena com Rua Bahia, em Campo Grande.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o casal, que seguia em um Honda Civic, foi abordado por uma equipe do BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar) e o motorista submetido ao teste do bafômetro. O resultado foi de 0,38 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, o que configura crime.

Ao receber voz de prisão, o motorista ofereceu R$ 500 aos policiais. Na delegacia, o motorista ficou nervoso e, durante o registro da ocorrência, novamente ofereceu dinheiro aos policiais, aumentando a oferta para R$ 1,2 mil. O engenheiro teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) recolhida e responderá por dirigir sob efeito de álcool e corrupção ativa. A advogada responderá por desacato e resistência.

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