Cidades

Sob mira de arma, comerciante faz Pix de R$ 4 mil para assaltante

Crimonosos agora exigem transferências instantâneas de vítima sem dinheiro, alerta Polícia Civil de MS

Anahi Zurutuza | 11/08/2021 14:26
Pix é ferramenta criada para transferências bancárias instantâneas e sem taxa. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Pix é ferramenta criada para transferências bancárias instantâneas e sem taxa. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Nova modalidade de roubo foi registrada nesta semana em Mato Grosso do Sul, alerta a Polícia Civil. Em um dos casos, comerciante foi rendido durante assalto em Corumbá – cidade a 419 km de Campo Grande – e como não tinha nada em dinheiro no caixa, sob a mira de arma, foi obrigado a abrir o aplicativo do banco e fazer transferência via Pix para conta indicada pelo ladrão. A vítima perdeu R$ 4.050,00.

Outro caso parecido foi registrado em Dourados – a 233 km da Capital. A vítima, uma jovem, foi rendida em frente a uma padaria. Ela havia acabado de estacionar o carro e mexia no celular, quando uma mulher se aproximou com uma faca e obrigou a moça a entregar o telefone e o dinheiro tinha consigo, R$ 50 em espécie. Um homem ficou na porta do veículo cuidando para que a vítima não saísse. Foi quando a ladra exigiu que a vítima abrisse o aplicativo do banco e conseguiu transferir mais R$ 100 para uma conta bancária via Pix.

Os dois casos são investigados e os criminosos, quando pegos, devem responder por extorsão.

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul alerta que o mesmo “golpe”, já foi registrado em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Num dos casos, em São Paulo, três jovens armados renderam a vítima, colocaram a mesma dentro de seu próprio veículo e a obrigaram a fazer transferências através de seu celular. A vítima teve um prejuízo de R$ 8 mil, além de ser ferida por coronhada na cabeça.

O apelo da polícia é para que vítimas denunciem com o maior número de detalhes possível. “As transferências deixam rastros. É possível identificar o destinatário que recebe os valores, e ele pode ser acusado pelo crime. Mesmo que uma pessoa tenha aceitado receber de boa-fé o valor, ela poderá indicar quem pediu para usar a conta dela”, informou a corporação, via assessoria de imprensa. 

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