Cidades

Serial killer fez uma vítima por semana incluindo estudante de MS

Polícias do PR e SC contam com denúncias para prender assassino e pede que gays fiquem atentos

Anahi Zurutuza | 17/05/2021 12:02
Polícias do Paraná e Santa Catarina procuram este homem (Foto: Polícia Civil do Paraná/Divulgação)
Polícias do Paraná e Santa Catarina procuram este homem (Foto: Polícia Civil do Paraná/Divulgação)

A polícias do Paraná e Santa Catarina ainda trabalham para traçar o perfil completo do matador em série que age nos dois estados do sul há cerca de um mês e é apontado como o assassino de estudante sul-mato-grossense. 

Identificado como José Tiago Correia Soroka, que também usa o apelido de “Japa”, o suspeito tem dois mandados de prisão contra si, mas ainda não foi encontrado. Ele é apontado como autor de três assassinatos e uma tentativa de homicídio, crimes cometidos entre 16 de abril e 11 de maio. 

Segundo as apurações, o serial killer busca jovens gays que moram sozinhos por meio de aplicativo de relacionamentos, usando perfis fakes e quando consegue marcar encontro, mata para roubar. Também para pedir os carros de aplicativos para chegar e sair dos locais dos crimes, o homem usa nomes e fotos diferentes. Em página com o @tiagosoroka no Instagram, a pessoa se apresenta como curitibano de 22 anos e bissexual. 

De acordo com o delegado Thiago Nóbrega, (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Curitiba, muito provavelmente, José Tiago tem algum distúrbio psiquiátrico. “Contamos com a ajuda da população para que a gente tire de circulação esse indivíduo de alta periculosidade que está matando uma média de uma pessoa por semana”. 

Para a Polícia Civil do Paraná, as denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197, 181 ou pelo 0800-643-1121 (diretamente à equipe de investigação). 

Marcos Vinício em frente à PUC-PR, onde cursava Medicina até ser assasinado (Foto: Reprodução das redes sociais)

De MS - Uma das vítimas do assassino é o sul-mato-grossense Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, de 25 anos, estudante de Medicina em Curitiba (PR) que foi assassinado em 4 de maio.

Marcos morava em Curitiba desde 2017, quando começou a cursar Medicina na PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). O jovem fez o Ensino Médio e 3 anos de cursinho em Campo Grande antes de passar em cinco vestibulares. Ele estava no último ano da graduação.

Outros crimes - Para a polícia, o mesmo homem matou, também na capital paranaense, o enfermeiro David Levisio em 27 de abril, e em Abelardo da Luz (SC), em 16 de abril, o professor de geografia Robson Olivino Paim, de 36 anos.

Em 11 de maio, ainda conforme a investigação da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Curitiba, José Tiago tentou matar outra pessoa, mas a vítima resistiu ao ataque.

Das vítimas, o suspeito roubou eletrônicos e objetos. Todas eram homossexuais e moravam sozinhas. Os três jovens assassinados foram encontrados com sinais de asfixia. 


Alerta - Todo cuidado é pouco na hora de utilizar as plataformas de encontros, alerta a Polícia Civil do Paraná. “A gente quer alertar a população, principalmente o público gay, para que tomem cuidado, para que evitem de marcar encontros em sites e aplicativos com pessoas desconhecidas”, afirma o delegado Thiago Nóbrega em vídeo.

“O que recomendamos às pessoas que usam aplicativos é tomar mais cuidado ao marcar encontros. Certifique-se de todas as maneiras de que as informações que a pessoa te passou são verdadeiras. Se morar em local com câmeras de segurança, peça que a pessoa baixe a máscara para se identificar na portaria. Só com essa providência, se a pessoa tiver má intenção, vai pensar duas vezes antes de seguir em frente”, recomenda o delegado Claudio Marques, também do Paraná.

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