Cidades

Réus por execução do PCC não aparecem no Fórum e júri atrasa por mais de 1h

Justiça havia pedido escolta dos presos, mas houve entendimento equivocado que seria por videoconferência

Silvia Frias e Geisy Garnes | 13/10/2021 09:22
"Alemãozinho" foi executado por ter alegado ser integrante de facçao rival ao PCC. (Foto: Reprodução)
"Alemãozinho" foi executado por ter alegado ser integrante de facçao rival ao PCC. (Foto: Reprodução)

Falha de comunicação na escolta dos acusados até o Fórum de Campo Grande atrasou o julgamento de três réus pela morte de Sandro Lucas de Oliveira, o “Alemãozinho”. Ele foi executado em 2019 por decisão de liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) no “Tribunal do Crime”. 

O julgamento de Rafael Aquino de Queiroz, o “Professor”, Adson Vitor da Silva Faria, o “Ladrão de Almas”, e Eliezer Nunes Romero, o “Maldade”, estava previsto para começar às 8h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri. 

No dia 3 de setembro, foi enviado ofício para Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) pedindo a escolta dos réus do presídio de Segurança Máxima até o Fórum de Campo Grande. Mas por algum “problema” não identificado, o entendimento na agência é que os réus participariam por videoconferência.

O titular da 1ª Vara, Aluizio Pereira dos Santos, não quis adiar o julgamento, que já havia sido protelado por conta do feriado e também, pela preparação de defesa e acusação para o júri hoje. Por isso, encaminhou ofício de emergência, solicitando a escolta, o que deve atrasar o início por cerca de 1h30.

A reportagem entrou em contato com Agepen para mais informações sobre o pedido de escolta e aguarda retorno.

Crime – Sandro Lucas de Oliveira foi decapitado e enterrado pelo PCC, em execução determinada no “Tribunal do Crime” da facção, com punição por dito ser integrante do CV (Comando Vermelho).

O rapaz havia desaparecido em dezembro de 2019. O corpo foi encontrado no dia 28 de julho de 2020, enterrado na região do Chácara dos Poderes.

A polícia encontrou o corpo da vítima após a prisão de Sidney Jesus Rerostuk, 28 anos, acusado de ser o executor do crime. Conhecido como “Capetinha”, admitiu em áudio coletado na investigação ter cortado a cabeça da vítima por ordem do chefe, Eder de Barros Vieria, 39 anos, o “Mistério”. Os dois ainda serão levados a julgamento.

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