Cidades

Polícia Militar expulsa subtenente Molina, preso por liderar máfia

Militar era afastado da corporação desde a condenação de 61 anos pelos crimes de tráfico e lavagem de dinheiro

Gabriela Couto | 13/03/2023 11:14
Armado, subtenente Silvio Cesar Molina Azevedo posava nas redes sociais como defensor da lei. (Foto: Arquivo/Rede social)
Armado, subtenente Silvio Cesar Molina Azevedo posava nas redes sociais como defensor da lei. (Foto: Arquivo/Rede social)

O comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), Renato dos Anjos Garnes, publicou no DOE (Diário Oficial do Estado), desta segunda-feira (13), a exclusão do subtenente Silvio Cesar Molina Azevedo, das fileiras da corporação. 

O termo é sinônimo de expulsão. Vale acrescentar que a defesa entrou em contato com a reportagem, afirmando que ainda não foi intimada e que vai recorrer da decisão através do advogado, Marcos Ivan. 

O militar já estava afastado desde maio de 2021 e foi condenado em dezembro do mesmo ano a 61 anos, 11 meses e 21 dias de reclusão, pelos crimes de tráfico de maconha e lavagem de dinheiro.

Molina foi condenado após a conclusão da investigação da Polícia Federal, que deflagrou a Operação Laços de Família, em junho de 2018. O caso ganhou repercussão após o filho de Molina, Jefferson Henrique Piovezan Azevedo Molina, ser visto passeando de Ferrari F430, avaliada em R$ 630 mil no rodeio de Mundo Novo.

Pelo Portal da Transparência, o policial militar recebia remuneração de R$ 10,1 mil. O valor não condizia com o estilo de vida que o subtenente levava. Nas redes sociais, toda a família esbanjava um estilo de vida de pura ostentação, com veículos de luxo, viagem para Europa e festas de arromba.  

A operação flagrou o tráfico de 23 toneladas de maconha, divididos em cinco carregamentos: 4,9 toneladas (Mundo Novo), 5,1 toneladas (Presidente Prudente), 3 toneladas (Guaíra), 10,3 toneladas (Guaíra) e 4 toneladas (Campo Grande).  

*Matéria alterada às 13h58 para acréscimo de informação. 

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