Cidades

PMs integravam quadrilha do jogo do bicho que movimentou R$ 300 milhões

Mandados em Mato Grosso do Sul são cumpridos em Campo Grande; são 22 ordens de prisão contra investigados

Por Dayene Paz | 24/04/2024 10:03


Armamento apreendido durante operação da Polícia Federal. (Foto: Divulgação)
Armamento apreendido durante operação da Polícia Federal. (Foto: Divulgação)

Policiais militares integravam quadrilha do jogo do bicho atuante no Ceará e que movimentou mais de R$ 300 milhões. Hoje, os investigados estão na mira da Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) da Polícia Federal, que deflagrou a Operação Primma Migratio. São cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e outros três estados brasileiros. 

Foram dois anos de investigação, segundo a Polícia Federal, sendo possível coletar evidências de que a quadrilha migrou parte de sua estrutura gerencial do estado de São Paulo "com o objetivo de implantar no Ceará rentáveis atividades clandestinas, como o tráfico de drogas e armas, a exploração de jogos de azar, entre os quais o jogo do bicho, além da lavagem de dinheiro dessas atividades ilegais em loteria esportiva administrada pela organização criminosa". 

Cartelas dos jogos apreendidas durante ação da Polícia Federal. (Foto: Divulgação)

Há indícios que apontam que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 300 milhões de forma suspeita nos últimos anos. "(...) parte desses recursos seria empregado na corrupção de servidores públicos", diz nota da Polícia Federal, que também informou ter sido decretada a prisão de dois policiais militares pertencentes ao núcleo logístico da quadrilha.

Joias apreendidas durante cumprimento de mandados judiciais. (Foto: Divulgação)

Mandados - Estão sendo cumpridos 22 mandados de prisão preventiva, 36 mandados de busca e apreensão em endereços dos estados do Ceará, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além do sequestro de 42 veículos dos investigados. Os mandados foram expedidos pela Vara de Delitos de Organização Criminosa do Ceará e um deles foi inserido na difusão vermelha da Interpol em razão de uma investigada ter mantido residência recente na Argentina. 

A operação é conduzida pela Ficco do Ceará, com apoio dos órgãos de São Paulo e Santa Catarina. A Força Integrada é composta pela Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Perícia Forense e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado - todos do estado do Ceará.

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