Cidades

Pedido de vista adia pela 3ª vez julgamento de ação contra juiz

Processo tramita em sigilo absoluto

Adriano Fernandes | 01/09/2021 20:45
Aldo Ferreira da Silva Júnior, juiz afastado acusado de corrupção. (Foto: Arquivo)
Aldo Ferreira da Silva Júnior, juiz afastado acusado de corrupção. (Foto: Arquivo)

O julgamento da ação contra o juiz afastado Aldo Ferreira da Silva Júnior foi adiado pela 3ª vez, nesta quarta-feira (1), devido a um novo pedido de vistas de um dos membros do Órgão Especial do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). O mesmo ocorreu no último dia 18 de agosto. 

Como o processo tramita em sigilo absoluto, nem o nome do desembargador que pediu mais prazo para analisar o processo aparece no sistema online de consulta da pauta do Órgão Especial do TJMS. A ação envolvendo o juiz era o primeiro processo pautado para julgamento no Órgão Especial, que se reuniu nesta quarta-feira (1º), a partir das 14h. De 26 ações, os magistrados julgaram 23. A data do novo julgamento ainda não foi definida. 

Denunciado por corrupção, Aldo usava laranjas para esconder a receita de suas transações, do controle do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Das três denúncias levadas pela PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) contra o magistrado, duas foram aceitas pelo Órgão Especial. Desta forma, Aldo Ferreira se tornou réu e vai responder por lavagem de dinheiro (denúncia aceita em 7 de julho), além de peculato (subtração ou desvio de dinheiro público), supressão de documento, falsidade ideológica e corrupção passiva (denúncia sobre precatórios aceita ontem, pelo Judiciário).

Ao todo, a terceira denúncia, ainda pendente de julgamento, tem 16 alvos. Na lista, aparecem o juiz, a esposa Emmanuelle Alves Ferreira da Silva (advogada), Jesus Silva Dias (já réu em outra ação), mais sete advogados, psicóloga e pecuaristas.

Para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), todos devem responder por corrupção. A denúncia também pede a perda do cargo do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, perda de R$ 5,4 milhões do produto da corrupção e pagamento de indenização de R$ 24,2 milhões por danos morais à sociedade. 

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