Cidades

Operação padrão dos auditores fiscais continua, mas ainda não surtiu efeito

A ação é parte de protestos da categoria pelo corte de R$ 1,2 bilhão do orçamento da Receita Federal

Lucia Morel | 03/01/2022 18:45
Unidade alfandegária em Mundo Novo. (Foto: Reprodução/Mapio)
Unidade alfandegária em Mundo Novo. (Foto: Reprodução/Mapio)

A operação padrão dos auditores fiscais da Receita Federal continua em todo Brasil e também em Mato Grosso do Sul. O protesto conta cortes no orçamento para este ano começou em 27 de dezembro e segundo o sindicato da categoria no Estado, ainda não surtiu efeito.

O presidente do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal) Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes, informou que não houve nenhum avanço na negociação com o governo para o cumprimento da pauta de reivindicações.

Ele lembrou que ainda no dia 27 houve uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para discutir as demandas, mas nenhum compromisso ou prazo foi estabelecido.

A operação padrão é parte das ações de protesto da categoria pelo corte de R$ 1,2 bilhão do orçamento do órgão para este ano, pela falta de concurso público para o preenchimento das vagas em aberto e pelo não cumprimento pelo governo federal de acordo para o pagamento de bônus de eficiência a classe.

“Diante dessa inércia e descaso do governo federal com a categoria, a mobilização prossegue em todo o país. Em Mato Grosso do Sul o movimento nas unidades alfandegárias de Corumbá, Ponta Porã e Mundo Novo foi tranquilo neste início de semana, até por conta a passagem de ano”. 

A expectativa, segundo ele, é que “com a retomada do comércio internacional nesta semana, o movimento de caminhões aumente nessas aduanas, o que deverá causar a formação de longas filas, como já ocorreu em Ponta Porã, na semana passada”, avalia Novaes.

Além da operação padrão, desde o dia 20 de dezembro do ano passado, auditores-fiscais que ocupavam funções de chefia nas unidades da Receita no estado e em todo o país entregaram os cargos.

Em Mato Grosso do Sul, 19 chefias pediram exoneração, incluindo os delegados e delegados-adjuntos das aduanas de Corumbá, Ponta Porã e Mundo Novo e da unidade de Campo Grande.

Prejuízos - o presidente do Sindifisco Nacional MS explicou que durante a operação ocorre uma demora maior no desembaraço de mercadorias exportadas e importadas em razão da verificação mais detalhada dos produtos e análise redobrada da documentação.

Ele disse que o procedimento é aplicado a todos os tipos de mercadorias, exceto, aos medicamentos, insumos médico-hospitalares, cargas vivas e perecíveis.

Entre as outras ações aprovadas em assembleia da categoria, está a implementação da chamada meta “zero” para todos os setores e atividades, de modo que fiscalizações fiquem sem resultado e encerramento.

Também ocorre paralisação de todos os projetos do plano operacional da Receita e deixarão de ser preenchidos os relatórios de atividades.

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