MS tem maior média de mortes por covid dos últimos seis meses
Levantamento diário do Campo Grande News indica aumento de óbitos, ainda em menor proporção que os casos
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Se por um lado, em boa parte de janeiro, as mortes por covid em Mato Grosso do Sul seguiam em patamar inferior aos piores momentos da pandemia, a média agora é maior desde 9 de agosto de 2021 - ou seja, dos últimos 182 dias, período equivalente a quase seis meses.
São quase 16 óbitos por dia na última semana, índice maior que todo o intervalo anterior, como indica levantamento diário do Campo Grande News, feito com base nos microdados da SES (Secretaria Estadual de Saúde).
A média diária de casos de covid-19, de aproximadamente 2,8 mil, é menor do que o pico registrado recentemente, há seis dias - quase 3,2 mil infecções diárias.
Ainda que tenha havido esta redução no número de casos, o Estado segue no momento com maior taxa de contágio, desde o início da pandemia. O maior índice de 2020 e 2021 foi de aproximadamente 2 mil infecções, em 3 de junho do ano passado.
É importante ressaltar que o aumento de notificações da doença se dá por conta da circulação de variantes como a Ômicron, que possui maior taxa de transmissibilidade, e que a letalidade segue abaixo dos últimos meses, já que a cobertura vacinal tem reduzido casos graves.
Segundo estimativa publicada no começo do ano pela SES, cerca de 95% das vítimas não tinham ciclo vacinal completo.
Boletim atualizado - Somente hoje, foram 13 novas vítimas pela doença registradas em boletim epidemiológico da SES. De acordo com o documento, elas tinham entre 43 e 90 anos e eram de Campo Grande (4), Dourados (2), Ponta Porã, Corumbá, Rochedo, Coxim, Guia Lopes da Laguna e Nova Andradina.
Com isso, mais de 433 mil casos de covid-19 foram registrados em território estadual, sendo que 24,7 mil estão em isolamento, 407,9 mil se recuperaram, 410 estão internados, mas 9.991 morreram.
A taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva teve uma pequena trégua nos últimos dias. Cerca de 84% das UTIs (unidades de terapia intensiva) estão preenchidas, dedicadas a pacientes adultos com sintomas de covid.
Entretanto, a macrorregião de saúde de Dourados registrou 100% de ocupação - 27% dos pacientes são de covid, 10% são suspeitos, 10% são de influenza e os demais 53% de outras doenças. Um novo óbito por influenza H3N2 foi confirmado, doença que matou 78 pessoas, desde dezembro do ano passado.