Cidades

MS melhora taxa de isolamento, mas nem no feriadão consegue atingir índice ideal

Monitoramento por geolocalização aponta que 56 % da população sul-mato-grossense ficou em casa no dia 21; média nacional é de 58%

Maressa Mendonça | 22/04/2020 15:05
De máscara, campo-grandenses circulam pelo centro da cidade (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
De máscara, campo-grandenses circulam pelo centro da cidade (Foto: Arquivo/Paulo Francis)


A taxa de isolamento social em Mato Grosso do Sul aumentou neste último feriado quando 56,1% da população ficou em casa. Com este índice, o Estado deixou a última posição do ranking no quesito, mas ainda está entre os últimos,  ganhando apenas do Amapá (AP), de Alagoas (AL) e de Roraima (RR). 

Conforme dados do In Loco, que calcula a taxa de isolamento por meio do sistema de georreferenciamento,  a média nacional neste 21 de abril ficou em 58,9%. Desde que os cálculos começaram a ser realizados é possível perceber que durante os fins de semana e feriados a população costuma ficar mais em casa. 

No último feriado, a capital sul-mato-grossense ficou em último lugar do ranking do isolamento social, mas melhorou o percentual neste dia de Tiradentes. 

Para a SES (Secretaria de Estado de Saúde) a taxa de isolamento ideal para evitar a propagação do coronavírus deve ficar, no mínimo, em 70%. No feriado de Tiradentes, apenas sete municípios de Mato Grosso do Sul alcançaram este índice. São eles: Paranhos (85,4%), Taquarussu (74,9%), Corguinho (71,8%), Ladário (71,1%), Anaurilândia (70,8%), Aral Moreira (70,7%) e Jateí (70,4%).

Os piores índices de isolamento social foram registrados nas cidades de Antônio João (47,8%), Jardim (48,6%), Nioaque (49,7%), Caarapó (51,8%), e Tacuru (51,8%). A taxa em Campo Grande tem se mantido entre 41% e 55%. 

Até o momento, o isolamento social é a única maneira de evitar a propagação do coronavírus. O último boletim sobre o coronavírus divulgado pela SES aponta para 175 casos confirmados, 27 em investigação e cinco mortes em Mato Grosso do Sul. 

O titular da SES, Geraldo Resende alerta para a liberação do comércio e outras atividades como escolas e cultos. 

 “Será uma catástrofe se acontecer essa volta geral. Poderemos ter daqui a 15, 20, 30 dias um número exagerado de casos e nós ainda não temos uma organização completa, mesmo que trabalhando intensamente, para absorver o grande número de pessoas. Para nós mais importante que o dinheiro, é a vida das pessoas”, declarou durante live sobre a doença. 

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