Cidades

Movimento contra Bolsonaro para o trânsito na principal avenida da Capital

Em todo país 430 cidades foram para as ruas contra o a gestão do atual governo federal

Gabriela Couto e Maurício Ribeiro | 24/07/2021 11:28
Com faixas, panelas e gritos de ordem, principal avenida de Campo Grande foi ocupada por movimento contra Bolsonaro (Foto Kísie Ainoã)
Com faixas, panelas e gritos de ordem, principal avenida de Campo Grande foi ocupada por movimento contra Bolsonaro (Foto Kísie Ainoã)

Grupos contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram na Praça do Rádio Clube, centro de Campo Grande, neste sábado (24) para protestar. A manifestação pela principal avenida da cidade gerou engarrafamento e lentidão, tanto na Afonso Pena como em outras ruas nas proximidades da praça. A Polícia Militar acompanhou e ordenou o trânsito no local.

Com saída  às 10h30 e participação de aproximadamente 3 mil pessoas, o grupo desceu a Avenida Afonso Pensa rumo à 14 de Julho até a Rua Cândido Mariano e retornando à Afonso Pena pela  Rua 13 de Maio para finalizar o itinerário na Praça do Rádio, local da concentração inicial. 

Motoristas que passavam pela região Central de Campo Grande foram surpreendidos pela manifestação que foi a primeira a ocupar as ruas (Foto Kísie Ainoã)

Com equipes de apoio identificadas com coletes azuis, foram distribuídas máscaras  e oferecido álcool para que os participantes mantivessem condições mínimas de biossegurança por conta da pandemia. 

Com a presença do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), Cut (Central Única dos Trabalhadores), frentes estudantis e sindicatos, coros de "Fora Bolsonaro" embalaram os participantes. 

"Não é só um fora Bolsonaro. É em defesa da democracia. Sempre falei que ele era incompetente, despreparo e preconceituoso. Tudo o que eu dizia lá, antes das eleições, as pessoas estão vendo agora", declarou o deputado federal, Dagoberto Nogueira (PDT). 

Deputado federal, Dagoberto Nogueira (PDT), disse que situação do governo era prevista antes mesmo da sua posse (Foto Kísie Ainoã)

Gritos de ordem  e canções falando da opressão e enaltecendo minorias também lembraram o dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra. "Temos que participar até pra denunciar a situação da mulher no país. É muito importante que nós, mulheres  e negras, nos assumamos como tal. Tenho 61 anos e nunca deixei de ir à luta pois represento uma geração e vou abrir caminhos para os que virão, assim como as anteriores fizeram, quero deixar um legado para a outras negras", disse a funcionária pública aposentada, Sandra Pereira. 

Funcionária pública aposentada, Sandra Pereira, participa ativamente de todos os protestos contra Bolsonaro (Foto Kísie Ainoã)

"Queremos dar um basta nessa situação, a classe trabalhadora não suporta mais! Em 2015 o grande motivo da saída da Dilma foi o preço dos combustíveis, que estavam abaixo dos R$ 3. Hoje já pagamos em R$ 5, 60 e não podemos achar isso tudo normal", explicou Wilds Ovando, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul. 

"Primeiro passo é fora Bolsonaro. O povo tá cheio da falta de competência, o isolamento político ao qual esse governo colocou nosso país. O descaso com a saúde do nosso povo. As mais de 540 mil vítimas da  covid-19 e do descaso desse governo", concluiu ele.

A mobilização também foi registrada em outras cidades do Estado: Aquidauana, Corumbá, Jardim, Nova Andradina e Ponta Porã. Em todo país 430 cidades foram para as ruas contra o governo. 

Manifestação contou com organização e regras de biossegurança contra o coronavírus (Foto Kísie Ainoã)


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