Cidades

Levantamento nacional mostra MS maior taxa de ocupação de leitos de UTI

Segundo jornal O Globo, Mato Grosso do Sul tem taxa de ocupação de 90,8%, mas Estado contesta

Aline dos Santos | 30/03/2020 09:26
Brasil vive corrida por leito de UTI com a pandemia do novo coronavírus. (Foto: Henrique Kawaminami)
Brasil vive corrida por leito de UTI com a pandemia do novo coronavírus. (Foto: Henrique Kawaminami)


Mato Grosso do Sul tem a pior situação no quesito taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Brasil. Segundo levantamento do jornal O Globo, 90,8% estão ocupados no Estado. Na lista dos piores, também são citados Paraná (90%) e Minas Gerais (88,5%). 

O jornal chama atenção para dados oficiais, fornecidos pelo Ministério da Saúde. Nesse levantamento,  Mato Grosso do Sul tem 187 leitos de UTI existentes, sendo que o necessários seria mais 316. 

O número leva em consideração a realidade hoje na rede pública, e contradiz os dados do governo de Mato Grosso do Sul que fala em 515 no total, considerando a rede particular, e 286 só pelo SUS. 

Como medida para enfrentamento à doença, o governo do Estado prevê 142 novos leitos de UTI. No entanto, não consegue comprar os aparelhos e precisa aguardar a compra e consequente distribuição do ministério.

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que provoca quadros grave de pneumonia viral, há uma corrida nacional para abrir leitos de terapia intensiva. Conforme O Globo, 17 Estados têm mais de 70% dos leitos de UTI ocupados.

Ou seja, mesmo antes da pandemia, a pressão pelos leitos é grande, considerando pacientes com infarto, AVC (Acidentes Vascular Cerebral). 

O ministério avalia que é preciso criar mais de 1,6 mil leitos de UTI e mais de 22 mil leitos de enfermaria na primeira etapa de enfrentamento à doença, nos próximos 30 dias. Já no quesito leitos de enfermaria, Mato Grosso do Sul aparece com 408, mas precisaria de 1.531. 

O Estado tem 36 casos confirmados de novo coronavírus, 44 casos suspeitos, 388 descartados e nenhum óbito pela doença. O Campo Grande News entrou em contato com a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e não obteve retorno até a publicação da matéria. 

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