Cidades

Família reconhece corpos encontrados como de trabalhadores desaparecidos

Um dos homens foi atingido com dois tiros na cabeça e o outro por um em região que não foi divulgada

Ana Paula Chuva | 02/04/2022 17:32
Familiares e polícia no local onde os corpos foram encontrados (Foto: Última Hora)
Familiares e polícia no local onde os corpos foram encontrados (Foto: Última Hora)

Familiares reconheceram os dois corpos encontrados na manhã deste sábado(2), como Esteban David Valenzuela, 28 anos e Julio César Aveiro, 31 anos. Os homens estavam desaparecidos desde o 5 de março deste ano e os cadáveres foram achados nos arredores de Yby Yaú, entre os departamentos de Amambay e Concepción, faixa de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. 

Segundo a imprensa paraguaia, os corpos estavam em propriedade vizinha à fazenda San Jorge, onde Julio e Esteban trabalhavam na construção de cercas quando desapareceram. Eles teriam sido sequestrados por suspeita de serem informantes da FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo de elite das Forças Armadas do Paraguai para combater guerrilheiros. 

A identidade dos dois foi confirmada pela autópsia no necrotério do Hospital Regional de Yby Yaú. Conforme o tenente-coronel, Luis Aspeteguía, não havia nenhum indicação de que o local estaria nas mãos do EPP (Exército do Povo Paraguaio) e nenhum membro da quadrilha reivindicou a autoria do crime. 

De acordo com a imprensa local, os  homens teriam sido executados, poucas horas antes de serem encontrados. Nos corpos foram encontrados ferimentos de bala e três cartuchos de calibre 9 milímetros. Ambos estavam com traumatismo cranioencefálico. 

Porém, Valenzuela teve dois ferimentos de tiro na região da cabeça, enquanto Aveiro recebeu um tiro, mas a localização exata não foi divulgada. O local onde foram encontrados fica a menos de 10 quilômetros de onde sumiram. 

Os dois trabalhadores teriam saído para caçar, com uma arma de fogo no dia 5 do mês passado e desde então não foram mais vistos. No entanto, o desaparecimento só foi comunicado à polícia seis dias depois pelo administrador da fazenda Marcos Eduardo Yáñez que afirmou demorar por estar esperando alguma comunicação das vítimas.

No mesmo dia em que os homens desapareceram, o professor aposentado Carlos González Britos, 57 anos, também sumiu horas antes. Ele foi solto no dia 14 de março com algumas mensagens que supostamente seriam do EPP para a imprensa.  

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