Cidades

Estudante que sai do Enem encontra País com vacinas aprovadas e 1ª imunizada

Quem saiu do Enem disse que esperava pela autorização da Anvisa, mas acredita que demora para ser imunizado

Silvia Frias e Aletheya Alves | 17/01/2021 15:24
Mônica Calazans, enfermeira em São Paulo, a 1ª a ser vacinada contra covid no Brasil (Foto/Divulgação: governo de SP)
Mônica Calazans, enfermeira em São Paulo, a 1ª a ser vacinada contra covid no Brasil (Foto/Divulgação: governo de SP)

Hoje, quando os candidatos iniciaram as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Brasil vivia a expectativa da aprovação das vacinas contra a covid-19. Quando os primeiros estudantes começaram a deixar as unidades, o País já havia entrado em nova fase, com o aval concedido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, ainda, o registro da 1ª pessoa vacinada, enfermeira em São Paulo, Mônica Calazans.

Rhayanne diz todos estavam desesperados pela vacina (Foto: Marcos Maluf)

“Todo mundo está desesperado pela vacina, eles precisavam ser rápidos para aprovar hoje mesmo”, disse Rhayane Meneses Ferreira Barros, 18 anos, na saída da Escola Estadual Joaquim Murtinho, em Campo Grande. Ela acredita que vai demorar para a campanha começar na cidade. “Tudo aqui leva mais tempo; minha avó deve vacinar, mas eu não tenho ideia de quando eu vou ser”.

Pela 1ª versão do plano estadual de imunização, Rhayane deve estar no fim da fila da campanha, ainda sem data para ser vacinada. O plano, ainda sujeito a alterações inclui grupos prioritários que vão de trabalhadores da saúde a idosos acima de 75 anos e comunidades indígenas.

Daniel Braga Fernandes, 16 anos, já aguardava a notícia para quando saísse da prova hoje. “Tenho esperança que aqui tenha bastante gente vacinada até fevereiro”, disse. Na família dele, lembra que vários tiveram a doença, mas sem sintomas. 

O aval da Anvisa e até a 1ª imunização já era aguardada por Alessandra Ortiz, 26 anos.

Alessandra já imaginava que vacina seria aprovada (Foto: Marcos Maluf)

“Tudo mostrava que a gente ia sair da prova com aprovação da vacina”. Ela acredita que somente um idoso da família está na fila inicial da campanha. “Para quem não é do grupo de risco, deve demorar sim, por conta da verba”, avaliou.

Ahllycia Ortega, 20 anos, imaginava que a vacinação emergencial seria autorizada. “Estava esperando essa rapidez, em casa todo mundo está tranquilo, da minha família são poucas as pessoas do grupo de risco”.

A Anvisa autorizou o uso emergencial de duas vacinas, a CoronaVac, produzida em parceria pela farmacêutica chinesa Sinovac e Instituto Butantan e a Universidade de Oxford/AstraZeneca.

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