Cidades

Em uma semana, mortes por gripe crescem 35% e chegam a 23 casos

Boletim estadual acusa 22 mortes, mas vigilância de Campo Grande confirmou que bebê de dois 2 anos faleceu em decorrência do vírus

Izabela Sanchez | 19/06/2019 11:22
Fila para vacinação no bairro Moreninhas, durante campanha da Sesau (Foto: Marina Pacheco)
Fila para vacinação no bairro Moreninhas, durante campanha da Sesau (Foto: Marina Pacheco)

A gripe tem apresentado um cenário de escalada em Mato Grosso do Sul. Até agora, segundo informações da SES (Secretaria Estadual de Saúde) e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), as mortes pelas variações do vírus chegam a 23. O número é 35% maior do que os 17 óbitos acusados pelo último boletim divulgado pela SES, atualizado até o dia 12.

Agora, segundo a assessoria de imprensa da SES, são 22 mortes confirmadas, informações atualizadas até o dia 14 de junho. Ainda assim, a coordenadora de vigilância epidemiológica da Sesau, Mariah Barros, confirmou que o bebê de 1 e 7 meses que faleceu na tarde de terça-feira (18), é mais uma vítima da gripe. Novo boletim deve ser divulgado nesta quarta-feira (19), e a possibilidade é que o número seja ainda maior.

Entre as 22 mortes confirmadas até agora pela SES, consta, por exemplo, a de Antônio Onofre, de 59 anos, que vivia em Bonito – a 298 quilômetros da Capital -, mas estava internado no Hospital Universitário de Campo Grande. Ele faleceu em decorrência do vírus H1N1, variação que representa a maioria das mortes em Mato Grosso do Sul.

Além dele, novas vítimas foram identificadas em outras cidades do estado. Em Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande, um homem de 53 anos faleceu em decorrência da Infuenza A H1N1 na sexta-feira (14). A cidade lidera o ranking de mortes pela doença, já são 6 óbitos confirmados.

Em Aquidauana, também em decorrência do vírus H1N1, faleceu uma mulher de 45 anos. Naviraí também registrou a primeira vítima da doença, um homem de 62 anos.

Bebê – O bebê menos de 2 anos de idade morreu na Santa Casa de Campo Grande nesta terça-feira (18). Segundo a coordenadora municipal, a morte por H1N1 já está confirmada. A criança não havia sido vacinada durante a Campanha Nacional deste ano. Ela foi internada inicialmente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, onde permaneceu entre 23 e 28 de maio, conforme informações da Sesau.

Além da criança, a manicure Júlia Nantes Oliveira, 40 anos, morreu na noite de segunda-feira (17), na UPA Santa Mônica, em Campo Grande. Ela pode ser mais uma vítima da gripe, que totalizaria, dessa forma, 24 mortes.

Cenário “esperado” – Em Mato Grosso do Sul, os casos confirmados já passam de 80. Para a coordenadora de epidemiologia do município, o vírus “está se comportando de maneira esperada”. Além disso, cita, as mortes desse ano, até agora, representam número inferior a 2018. Só em Campo Grande, entre fevereiro e agosto, 20 pessoas faleceram em decorrência dos vírus da gripe no ano passado.

“O vírus está se comportando de uma maneira esperada, Campo Grande fez uma campanha de imunização, e o que a gente faz é orientação em relação a medidas preventivas no sentido mais de higiene”, comenta. “Já era esperado, justamente por estar entrando o inverno, esse período seco propicia doenças respiratórios. Ainda não está superior, até porque esse ano começamos a vacinação antes que começassem os casos”, disse.

Já o secretário estadual de saúde, Geraldo Rezende, disse que a SES “já fez todo o esforço”, em alusão às campanhas de vacinação. “Fizemos a campanha nacional, fizemos todo esforço, a população mesmo sabendo não procurou fazer a vacinação adequada. Eu sempre luto para que esse cenário seja modificado, mas o principal ator que é a população, às vezes, por descuido, não faz a sua parte”, disse.

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