Cidades

Em MS, dos 79 prefeitos eleitos, apenas 16 são pretos e pardos, diz IBGE

Dados foram divulgados pelo Instituto no relatório Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil

Izabela Sanchez | 13/11/2019 12:19
Em MS, ainda que pardos sejam 47,3% e pretos sejam 6,4%, representação política ainda é baixa comparada com a de pessoas brancas (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Em MS, ainda que pardos sejam 47,3% e pretos sejam 6,4%, representação política ainda é baixa comparada com a de pessoas brancas (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Em Mato Grosso do Sul, durante as eleições municipais de 2016, dos 79 prefeitos eleitos, apenas 16 eram pardos e pretos. O dado é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), parte do relatório “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, divulgado nesta quarta-feira (13).

Dividido em áreas como representação política, educação, renda e moradia, o documento mostra como vivem no país brancos e negros. Dos vereadores eleitos no Estado em 2016, 34% eram negros: 290 de um total de 845. O número é ainda mais baixo que a média brasileira, com 42,1% dos vereadores eleitos pretos ou pardos.

Ocupação e Renda – A taxa de desocupação entre pretos e pardos em Mato Grosso do Sul também é maior que a de brancos: 8,9 contra 6,6 de pessoas brancas. A de subutilização no trabalho também é maior: 19,1 entre negros contra 14,4 entre brancos.

Os salários pagos a pessoas negras em Mato Grosso do Sul são expressivamente menores que o de pessoas negras. Em 2018, enquanto uma pessoa branca ganhava, em média, R$ 2650 em ocupações formais e informais, uma pessoa negra ganhava R$ 1718.

O rendimento domiciliar per capita em Mato Grosso do Sul em 2018 também apresenta diferenças. Enquanto o de brancos era de R$ 1775 em 2018, o de negros, no mesmo ano era R$ 1095. Na Capital, a renda per capita era de R$ 2213 para as pessoas brancas e para as pessoas pretas e pardas, de R$ 1298.

No Brasil, o rendimento médio mensal das pessoas brancas ocupadas (R$2.796) foi 73,9% superior ao da população preta ou parda (R$1.608). Os brancos com nível superior completo ganhavam por hora 45% a mais do que os pretos ou pardos com o mesmo nível de instrução. A desigualdade também estava presente na distribuição de cargos gerenciais, somente 29,9% deles eram exercidos por pessoas pretas ou pardas.

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