Cidades

Em 11 dias, número de positivos na segurança pública mais que dobra

São no total 40 confirmações, a maior parte das confirmações está concentrada nas polícias Civil e Militar

Anahi Zurutuza | 23/06/2020 17:20
No dia 9 de junho, todos os servidores da DGPC (Delegacia-Geral de Polícia Civil) foram examinados depois que um deles testou positivo (Foto: Silas Lima/Arquivo)
No dia 9 de junho, todos os servidores da DGPC (Delegacia-Geral de Polícia Civil) foram examinados depois que um deles testou positivo (Foto: Silas Lima/Arquivo)

Até o dia 12 de junho, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança) havia identificado 18 casos positivos de coronavírus dentre os servidores. Passados 11 dias, o número subiu para 40, mais que o dobro. O novo balaço foi divulgado nesta terça-feira (23).

Deste total, 22 estão curados e já voltaram ao trabalho. Há 105 afastados, sendo 17 em tratamento e 88 ainda são considerados suspeitos.

A maior parte das confirmações está concentrada nas polícias Civil e Militar – são 13 em cada corporação. Há ainda 7 positivos na Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), 5 na Coordenadoria-Geral de Perícias, 1 na Superintendência de Assistência Socioeducativa e 1 no Corpo de Bombeiros.

Segundo a Sejusp, os servidores confirmados com o novo vírus ficam afastados por 14 dias, ou pelo tempo estipulado pelo médico. Já os casos suspeitos, por sete dias.

Waldir Rojas, 27ª vítima da covid-19 em MS, morreu na noite do dia 11 de junho (Foto: Arquivo pessoal/Reprodução) 

Um policial civil morreu com a covid-19. Waldir Rojas, de 52 anos, foi a primeira baixa na segurança pública. Ele foi internado no dia 27 de maio e morreu no dia 11 deste mês.

À época, o Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) chegou a dizer que o investigador contraiu a doença por consequência do trabalho. Em nota divulgada no Facebook, a entidade afirmou que o policial esteve com Patrícia Marques Neto, 42 anos, moradora de Ponta Porã que ficou “famosa” por furar a quarentena e ter sido obrigada a usar tornozeleira eletrônica para garantir que ficasse isolada.

O investigador foi internado no Hospital Regional da cidade 8 dias depois que Patrícia passou a usar o equipamento. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa, contudo, que não há como confirmar que a transmissão em decorrência da atividade, porque o policial “não teve contato direto com a paciente em questão” e “teve histórico de viagem para áreas com transmissão comunitária e epidemia da doença”.

O sindicato entrou essa semana com ação contra o Governo de Mato Grosso do Sul para garantir que todos os policiais sejam testados periodicamente. O juiz David de Oliveira Gomes, Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, aguarda manifestação do Estado para tomar uma decisão.

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