Cidades

Deportados os 224 bolivianos que foram interceptados em seis ônibus de viagem

O grupo estava em seis ônibus da Empresa Andorinha quando foram interceptados, na BR-262, em Terenos

Viviane Oliveira | 17/11/2020 10:14
Policiais rodoviários federais duarante abordagem realizada nesta segunda-feira (Foto: Paulo Francis)
Policiais rodoviários federais duarante abordagem realizada nesta segunda-feira (Foto: Paulo Francis)

Escoltados pela PF (Polícia Federal) com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), os 224 bolivianos que entraram ilegalmente no Brasil, via Mato Grosso do Sul, foram deportados para a Bolívia, na madrugada desta terça-feira (17), nos mesmos coletivos que vieram. O comboio saiu  às 4h de Campo Grande. 

O grupo estava em seis ônibus da Empresa Andorinha quando foram interceptados, na BR-262, em Terenos. O destino deles, apurado pela reportagem, era São Paulo (SP). Os ônibus foram vistoriados pelas equipes. Nenhum material ilícito foi encontrado. 

A PF vai apurar eventual crime de migração ilegal, tipificado no artigo 232-A do Código Penal. Após os procedimentos de Polícia Judiciária e migratórios, a PF deu início à imediata deportação dos cidadãos bolivianos. O deslocamento foi em comboio, mas segundo a PF, os autos de deportação foram lavrados individualmente. 

Bolivianos aguardando enquanto policiais verificavam a documentação e a bagagem deles (Foto: Paulo Francis)

Enfileirados - Enquanto aguardavam enfileirados a conclusão dos trabalhos, os bolivianos reafirmaram a versão de que estavam indo fazer compras em São Paulo. Desde sábado (dia 14) a entrada de estrangeiros via terrestre no país está proibida em razão da contaminação por covid-19. A medida vale por 30 dias.

Por meio de nota, a empresa Andorinha (dona dos seis ônibus) informou que fez o fretamento para agentes bolivianos e passageiros em Corumbá. Segundo o texto, trata-se de uma contratação legal e regular na empresa, os ônibus partiram de Corumbá. Também informou que forneceu a lista de passageiros, como foi passada pelos contratantes, às autoridades. "Se há passageiros irregulares, cabe aos contratantes verificarem", segundo a empresa. 

Interceptação - Pela dinâmica da interceptação, a suspeita da polícia é de que o grupo seguia para São Paulo a trabalho e não para fazer compras. Outra situação que será apurada envolve a contratação da empresa de transporte que alugou os ônibus ao grupo. Conforme a PRF, será analisado a forma como os veículos foram alugados e, se ficar constatado irregularidade no transporte e, principalmente, que a empresa sabia das intenções dos bolivianos, poderá ser multada pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre). 

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