Com serviço cortado, moradores da favela pagam até R$ 150 por "gato" de energia
Comunidade teve energia cortada na tarde de segunda-feira para poda de árvores
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Sem previsão de volta da energia elétrica, cerca de 100 famílias que moram na favela conhecida como Cidade dos Anjos, localizada no Parque do Lageado, recorreram às ligações clandestinas. A comunidade teve o fornecimento cortado na tarde desta segunda-feira (27), sem prazo para solução da situação.
A favela existe há cerca de sete anos. Por ser invasão, ainda não tem energia regularizada e até para voltar com os "gatos", os moradores têm de pagar. "Tão cobrando R$ 100 ou R$ 150 para ligar energia aqui. A gente já perdeu o pouco que tinha na geladeira, não dá para ficar sem luz", justifica morador que prefere não se identificar.
A prefeitura já começou a remover as árvores, para que o serviço da Energisa seja restabelecido, mas sem prazo. "Hoje removeram duas, eles vêm aqui e tiram, mas não tem prazo. Até lá, fazemos o quê?"
Entenda o caso - O problema começou na última sexta-feira, quando uma árvore caiu sobre barracos da comunidade. Desde então, eles estavam parcialmente sem luz. Durante o final de semana, a árvore não foi retirada. Na segunda-feira, a defesa civil esteve no local e condenou várias outras árvores.
Para realizar o serviço da remoção das árvores, a Prefeitura de Campo Grande solicitou que a Energisa desligasse a energia no local, como foi feito na segunda-feira, para que as equipes trabalhassem com segurança na remoção das árvores. Em nota, a prefeitura ainda explica que estão montando plano para resolver o problema. Enquanto isso, moradores relatam que perderam o pouco que tinham e fizeram até manifestação ateando fogo e fechando rodovias na tarde de hoje (28).
Durante manifestação, moradores cobraram solução não somente para a energia de agora, mas para o problema habitacional como um todo.
A equipe de reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura para saber o plano de ação para resolver o problema na comunidade, que explicou que, por se tratar de uma ocupação irregular em área de preservação ambiental, a prefeitura está empenhada em encontrar a melhor solução para atendimento das famílias. A Energisa e Prefeitura estão em tratativas para o atendimento em caráter emergencial da Cidade dos Anjos.
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