Cidades

Com apenas uma das gêmeas viva na barriga, mãe pede ajuda para pagar tratamento

Thaiana foi vítima de síndrome na gestação e precisa arcar com custos que já chegam a R$ 80 mil

Lucia Morel | 23/01/2022 10:45
A nutricionista Thaiana Loena Fraga, de 29 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)
A nutricionista Thaiana Loena Fraga, de 29 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

A nutricionista Thaiana Loena Fraga, de 29 anos, sempre quis ser mãe de gêmeos, principalmente, porque há casos na família, entre eles, do próprio avô. Prestes a realizá-lo, ela acabou sendo vítima de uma síndrome que interrompeu sua realização e agora, apenas uma das gêmeas que carregava está viva dentro dela.

Ela já sabia desde o início da gestação gemelar univitelina (em apenas uma placenta), que poderia haver complicações, mas jamais pensou que a previsão realmente iria se concretizar. 

Com 27 semanas, no fim de novembro de 2021, ela descobriu a STFF (Síndrome da Transfusão Feto-Fetal), precisou fazer uma cirurgia às pressas e foi para Campinas (SP), onde passou por procedimento para encerrar a passagem irregular de sangue e líquidos entre as bebês.

Isso porque um exame de ultrassom identificou o crescimento anormal de uma das gêmeas – na semana anterior, estavam praticamente do mesmo tamanho – e foi necessário correr contra o tempo para realizar o procedimento que nem mesmo é realizado em Campo Grande.

A síndrome consiste num desequilíbrio no fluxo de sangue entre os fetos, sendo que um acaba recebendo mais nutrientes que o outro. Caso não seja tratada a tempo, o problema pode resultar na morte de ambos (ou mais, caso a gestação tenha mais de dois bebês). 

Com a cirurgia feita – que cauterizou alguns vasos sanguíneos do cordão umbilical – a possibilidade de sobrevivência de ao menos uma das bebês de Thaiana aumentava sobremaneira e assim, foi questão de dias até novo ultrassom identificar a morte de uma delas no útero. “Porque a placenta ainda tem bastante líquido, é possível manter a outra viva sem que haja problemas ou risco de infecção”, diz a mãe.

Dor – Apesar do sucesso do procedimento – que custou R$ 80 mil –, Thaiana afirma que é muito dolorido saber que ao dar à luz, em cesárea marcada para a próxima semana, Maria Alice vai nascer viva, mas a irmãzinha, Maria Heloísa não. 

“Sempre quis ser mãe de gêmeos, sempre tive essa possibilidade, mas pensar que vou ver uma com vida e outra não dói muito. Só Deus pra confortar e minha família também está ajudando muito”, disse.

Para ajudar nas despesas, ela e a família estão fazendo rifa de uma TV de 50 polegadas ao custo de R$ 30,00 o número. Quem quiser comprar e auxiliar nesse momento, pode entrar em contato pelo número (67) 99231-8098 e falar com a própria Thaiana. 

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